Por Shirangano
Os finais de ano sempre levam no bojo a possibilidade de descansar. Passar mais tempo em família e longe da internet, rever os amigos e divertir-se à grande, são estas as imagens que me vêm à cabeça quando o assunto é férias. Entretanto, não abdiquei do meu direito de desfrutar o merecido descanso depois de duros horários exigidos durante o trabalho e o semestre universitário.
Enquanto gozava as merecidas férias, o país prosseguia nas suas habituais mediocridades, onde não faltaram, de maneira alguma, as rotineiras práticas enviesadas protagonizadas por alguns moçambicanos despojados de consciência crítica, juntamente com certas figuras deste belo país e alguns jovens bacteriologicamente limpos paridos pelo Sistema para se apresentarem com o ar mais cândido do mundo perante os moçambicanos marginalizados e empobrecidos, com o fito exclusivo de garantir lugares e tachos nos cobiçados poleiros.
Vêm aí o novo governo. E os inúmeros interessados em lugares prosseguem em lume brando, proferindo palavras meticulosamente estudadas para ajeitar a gravata do chefe-todo-poderoso o que mostra, logo à partida, que vivemos numa sociedade onde as pessoas deixam de usar a mente e passam a agir segundo as exigências dos seus insaciáveis estômagos.
Se não fosse a morbidez que a situação em si representa, confesso que soltaria sonoras gargalhadas de acordar defuntos. Sinceramente, é em casos como este em que chegou à conclusão de que é necessário mergulhar prudentemente nos eruditos tomos da Psicologia para compreender alguns comportamentos humanos, ou dito sem metáforas, alguns comportamentos animais.
Nada de novo. Nem a prática maiêutica da política libertadora feita de questionamento e cepticismo radical, pelo contrário, continuam como robots programados para sorrir, subscrever ideias alienantes habilmente concebidas e ignorar os problemas reais e concretos que afligem os moçambicanos que vivem à intempérie.
Com direito à holofotes, a juventude gaba-se da sua inércia intelectual, e cresce à margem da política libertadora. Aliás, essa apatia tem outra justificação, ou seja, representa uma lacuna na formação académica e é uma situação absolutamente irreparável...
Leia o texto na íntegra aqui no Solta-te!
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