Por PEDRO NACUO
A PRODUÇÃO dos deputados de Cabo Delgado, na grande casa, em Maputo, a avaliar pelas suas intervenções à volta dos problemas que apoquentam esta província, tendo em conta ainda a sua contribuição na fiscalização do Executivo, nesta parcela cujo desenvolvimento ou é regressivo ou está em rolantim, é tida como fraca demais pela opinião pública, entre aqueles que durante as sessões da Assembleia da República colam-se intermitentemente aos ecrãs da TVM.
O mandato já expirou enquanto se torna difícil dizer quem é que falou em nome de Cabo Delgado no Parlamento moçambicano, senão para agradecer tudo o que está a acontecer nesta província. Salvem-se alguns, mas na sua qualidade de responsáveis de algumas tarefas dentro das comissões de trabalho e não como porta-vozes de quem viu um troço de 27 quilómetros a não ser asfaltado durante dois mandatos, simplesmente porque a reabilitação que houvera havia saltado esse pedaço da estrada que nos leva para lá onde o povo se confunde com a História da Independência Nacional.
Os nossos deputados não conseguiram exigir o Executivo até concluir o troço. Ainda que se diga que tal vai acontecer amanhã, mas em dois lustros ninguém bateu na tecla e na pedra, levemente, como o faz a água, mas que podia furar.
Os nossos deputados não se aperceberam que o Ngúri e o Chipembe ainda estão moribundos e aceitaram durante todos os anos que se trata de um problema sem solução e nem se incomodam quando o Complexo Agro-Industrial do Limpopo, em Chókwè, acorda e já recebe auto-combinadas, ambos projectados e defendidos pelos mesmos ideais de combate à fome, primeiro, para depois ir ter à pobreza absoluta.
Os deputados de Cabo Delgado não dominaram os principais “dossiers” da província, durante estes anos todos, sendo que em conversa ninguém consegue explicar por que é que a Marmonte está a baixar de produção a cada dia que passa, sendo que o filão de Montepuez se prolonga até Balama, de tão extenso. Incapacidade do grupo que agora está a explorar? Se sim, então porquê manter a exclusividade de exploração? Não haveria espaço para mais concessionários em face da inoperância dos actuais exploradores, para motivar mais concorrência, ou não há quem esteja interessado em extrair um dos melhores mármores do mundo, localizado em Moçambique e apenas em Montepuez e mais regiões circunvizinhas?
O que é que os deputados fizeram perante o grito proveniente de todos os lados, sobretudo do Rovuma ao Lúrio, a respeito da violação propositada e reiterada das normas que regem a exploração florestal? É perguntar o que é que os nossos representantes do povo fizeram das denúncias públicas e que a imprensa fartou-se de apresentar, com factos inquestionáveis e facilmente verificáveis? NADA!
Acaso haverá algum deputado capaz de tactear à volta das razões porque a província parou no seu desenvolvimento económico, ainda que se reconheça a evolução nas áreas sociais, principalmente na Educação e na Saúde? E quando é que vão prestar as contas a quem os elegeu?
Não haverá tal oportunidade, porque os partidos já se reuniram e já se escolheram as pessoas que nos vão “representar” nos próximos cinco anos e pelas novidades que nos chegam de lá de dentro deles, serão os mesmos que nos últimos dez anos andaram a “ferrar” aos olhos das câmaras de televisão, muitas vezes a bocejar e frequentemente distraídos ante as questões prementes duma província, que se quer desenvolver o mais rápido possível, para apanhar o passo com que as outras vizinhas estão.
De lá de dentro chegam-nos as notícias de que a Renamo escolheu na segunda-feira passada os seus e as novidades advêm do facto de muitos seus membros terem “bazado” para o Movimento Democrático de Moçambique e na Frelimo diz-se que os “kotas” não querem deixar espaço. Só há oito lugares para a renovação! E a luta é renhida, hoje, neste sábado em que estamos a ler estas linhas. Muita gente para disputar apenas oito lugares, porque os outros estão cativos de quem lá está, nuns casos desde a Assembleia Popular.
Ainda não sabemos se a província de Cabo Delgado continuará a ser a única com três casais na Assembleia da República. Três casais, quer dizer, homem e sua mulher, outro com a sua esposa, mais outro também com a sua… os filhos em Pemba, a crescerem de mesada, qual acontece com abandonados, órfãos ou outras crianças desprotegidas. É azar para um partido ver qualidades apenas em algumas famílias. Mas a notícia está dada: continuam os mesmos deputados!
Fonte: Notícias
A PRODUÇÃO dos deputados de Cabo Delgado, na grande casa, em Maputo, a avaliar pelas suas intervenções à volta dos problemas que apoquentam esta província, tendo em conta ainda a sua contribuição na fiscalização do Executivo, nesta parcela cujo desenvolvimento ou é regressivo ou está em rolantim, é tida como fraca demais pela opinião pública, entre aqueles que durante as sessões da Assembleia da República colam-se intermitentemente aos ecrãs da TVM.
O mandato já expirou enquanto se torna difícil dizer quem é que falou em nome de Cabo Delgado no Parlamento moçambicano, senão para agradecer tudo o que está a acontecer nesta província. Salvem-se alguns, mas na sua qualidade de responsáveis de algumas tarefas dentro das comissões de trabalho e não como porta-vozes de quem viu um troço de 27 quilómetros a não ser asfaltado durante dois mandatos, simplesmente porque a reabilitação que houvera havia saltado esse pedaço da estrada que nos leva para lá onde o povo se confunde com a História da Independência Nacional.
Os nossos deputados não conseguiram exigir o Executivo até concluir o troço. Ainda que se diga que tal vai acontecer amanhã, mas em dois lustros ninguém bateu na tecla e na pedra, levemente, como o faz a água, mas que podia furar.
Os nossos deputados não se aperceberam que o Ngúri e o Chipembe ainda estão moribundos e aceitaram durante todos os anos que se trata de um problema sem solução e nem se incomodam quando o Complexo Agro-Industrial do Limpopo, em Chókwè, acorda e já recebe auto-combinadas, ambos projectados e defendidos pelos mesmos ideais de combate à fome, primeiro, para depois ir ter à pobreza absoluta.
Os deputados de Cabo Delgado não dominaram os principais “dossiers” da província, durante estes anos todos, sendo que em conversa ninguém consegue explicar por que é que a Marmonte está a baixar de produção a cada dia que passa, sendo que o filão de Montepuez se prolonga até Balama, de tão extenso. Incapacidade do grupo que agora está a explorar? Se sim, então porquê manter a exclusividade de exploração? Não haveria espaço para mais concessionários em face da inoperância dos actuais exploradores, para motivar mais concorrência, ou não há quem esteja interessado em extrair um dos melhores mármores do mundo, localizado em Moçambique e apenas em Montepuez e mais regiões circunvizinhas?
O que é que os deputados fizeram perante o grito proveniente de todos os lados, sobretudo do Rovuma ao Lúrio, a respeito da violação propositada e reiterada das normas que regem a exploração florestal? É perguntar o que é que os nossos representantes do povo fizeram das denúncias públicas e que a imprensa fartou-se de apresentar, com factos inquestionáveis e facilmente verificáveis? NADA!
Acaso haverá algum deputado capaz de tactear à volta das razões porque a província parou no seu desenvolvimento económico, ainda que se reconheça a evolução nas áreas sociais, principalmente na Educação e na Saúde? E quando é que vão prestar as contas a quem os elegeu?
Não haverá tal oportunidade, porque os partidos já se reuniram e já se escolheram as pessoas que nos vão “representar” nos próximos cinco anos e pelas novidades que nos chegam de lá de dentro deles, serão os mesmos que nos últimos dez anos andaram a “ferrar” aos olhos das câmaras de televisão, muitas vezes a bocejar e frequentemente distraídos ante as questões prementes duma província, que se quer desenvolver o mais rápido possível, para apanhar o passo com que as outras vizinhas estão.
De lá de dentro chegam-nos as notícias de que a Renamo escolheu na segunda-feira passada os seus e as novidades advêm do facto de muitos seus membros terem “bazado” para o Movimento Democrático de Moçambique e na Frelimo diz-se que os “kotas” não querem deixar espaço. Só há oito lugares para a renovação! E a luta é renhida, hoje, neste sábado em que estamos a ler estas linhas. Muita gente para disputar apenas oito lugares, porque os outros estão cativos de quem lá está, nuns casos desde a Assembleia Popular.
Ainda não sabemos se a província de Cabo Delgado continuará a ser a única com três casais na Assembleia da República. Três casais, quer dizer, homem e sua mulher, outro com a sua esposa, mais outro também com a sua… os filhos em Pemba, a crescerem de mesada, qual acontece com abandonados, órfãos ou outras crianças desprotegidas. É azar para um partido ver qualidades apenas em algumas famílias. Mas a notícia está dada: continuam os mesmos deputados!
Fonte: Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário