sábado, abril 09, 2016

“Calou a voz que lutou para que todos os cidadãos tivessem dignidade”, diz Daviz Simango

A missa de corpo presente de Dom Jaime, ainda a decorrer na Beira, conta com a participação de vários admiradores da vida e obra do mediador da paz em Moçambique. No entanto, nem todos puderam estar presente na cerimónia. Um deles é o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, quem também reconhece a importância do Arcebispo emérito da Beira para a preservação da democracia em Moçambique.
Mesmo sem poder se deslocar à cidade da beira, Dhlkama delegou o Secretário-Geral do seu partido, Manuel Bissopa, para deixar ficar uma mensagem de despedida, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima da Beira.
E a mensagem do líder da Renamo começou logo por enaltecer a imagem do homem que lhe marcou em vários episódios da sua vida. “Falar de Dom Jaime é falar de um homem destemido, que se notabilizou pela postura na abordagem de assuntos eclesiásticos e da sociedade”, diz a mensagem lida por Bissopo.
Além disso, o líder da Renamo não deixou de lembrar a capacidade interventiva de dom Jaime. Nesse sentido, resgatou o episódio de 1976, em que numa missa o Arcebispo Emérito da Beira deixou claro que os moçambicanos deviam recusar o colonialismo soviético, sem deixar de lado que se entregou de corpo e alma para aproximar a Renamo ao governo.
“Sempre se bateu pela igualdade entres os homens. Faleceu num momento em que precisamos muito dele”, defende líder da Renamo ao mesmo que confessa que se deve fazer de tudo para devolver a paz aos moçambicanos, pois, desse jeito estar-se-á a valorizar a sua memória e os seus ensinamentos.

Fonte: O País – 09.04.2014

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