Os líderes das bancadas parlamentares da RENAMO e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), principais partidos da oposição moçambicana, defenderam hoje o "fim de secretismo" nos negócios do Estado "a todos os níveis de governação".
Discursando no encerramento da IV sessão ordinária da Assembleia da República, a chefe da bancada do maior partido da oposição no país, Angelina Enoque, disse que "a RENAMO entende que a administração da coisa pública não pode ser feita por secretismo" mas transparente.
"Exigimos transparência nos negócios do Estado e em tudo que seja de interesse público a todos os níveis de governação", disse Angelina Enoque, referindo-se especialmente aos megaprojetos.
Angelina Enoque considerou que os acordos firmados para a implantação dos megaprojetos em Moçambique "acontece no segredo dos deuses" entre o Governo e as multinacionais e que "há dificuldades de tornar público o que se assina, porque as 'luvas' ficariam à descoberto".
"Um aspeto muito importante são as vantagens para Moçambique dos megaprojetos. É justo que o povo saiba quanto é que o país ganha com estes empreendimentos comparativamente com que é explorado, vendido e exportado. Qual é o valor real dos produtos extraídos?", questionou.
Também o chefe da bancada do MDM, Lutero Simango, defendeu a publicação da informação sobre os negócios do Estado "para garantir uma gestão sólida" das finanças destas empresas, de modo a combater-se a corrupção".
"A política económica que a bancada parlamentar do MDM defende assenta na criação de riqueza e sua distribuição mais equitativa, promoção de maior de maior responsabilidade social e inclusiva do Estado, incluindo a sua transformação do melhor pagador e cumpridor das suas obrigações com os fornecedores nacionais de bens e serviços", disse Lutero Simango.
Contudo, a líder da bancada parlamentar da FRELIMO, partido no poder, Margarida Talapa, defendeu que as autoridades moçambicanas têm trabalhado bem para o progresso do país e que os partidos da oposição "não estão interessados em ver" os resultados das ações governativas.
"Para esta oposição, o país deveria não só parar mas regredir", disse Margarida Talapa.
Fonte: Notícias Sapo - 21.12.2011
1 comentário:
Nguiliche
Nao vejo razao de nao saber os acordos de reversao de HCB, sendo uma parte do custo pago pelo meu salario! Gostaria de ter tido uma comissao nesse negocio de apenas USD 100.000,00
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