O índice de democracia da Economist Intelligence Unit, entidade do grupo do jornal britânico The Economist, divulgado quarta-feira (21), coloca Cabo Verde à frente dos restantes países lusófonos.
O Índice apresenta uma visão global do estado actual da democracia em 165 países e é baseado na pontuação atribuída em cinco itens, designadamente processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
De acordo com os critérios do Economist, Cabo Verde é, entre os países de língua oficial portuguesa, o mais democrático, ocupando a 26.º país, na tabela geral, e o primeiro lugar na categoria de "democracias com falhas".
Nesta classificação, Portugal ocupa este ano a 27. posição e o Brasil passou da 47.ª, em 2010, para a 45.ª posição, ex-eaquo com a Polónia, neste ano. Moçambique, desceu do 99.º para o 100.º lugar e é o único país lusófono entre os chamados "regimes híbridos". Angola recuou também do 131.º para o 133.º lugar e a Guiné-Bissau permanece no 157.º lugar. Já Timor Leste permanece no 42.º lugar.
Num total de 10 pontos possíveis, Cabo Verde obtém média de 7,92 (menos duas décimas do que em 2010), resultando da avaliação de processo eleitoral e pluralismo (9,17 pontos), funcionamento do governo (7,86), participação política (7,22), cultura política (6,25) e liberdades civis (9,12).
Cabo Verde é destacado pelo índice como um dos seis países da região da África subsaariana onde as eleições são consideradas livres e justas, juntamente com o Botswana, o Gana, as Maurícias, a África do Sul e a Zâmbia.
Entre as "democracias com falhas", além de Cabo Verde e Portugal, surgem ainda Timor-Leste, que se manteve no 42.º lugar, e o Brasil, que passou da 47.ª para a 45.ª posição, a par da Polónia.
Timor-Leste teve uma classificação global de 7,22 pontos, com 8,67 no processo eleitoral e pluralismo, 6,79 no funcionamento do governo, 5,56 na participação política, 6,88 na cultura política e 8,24 nas liberdades civis.
O Brasil teve 7,12 (igual a 2010) de classificação geral, com 9,58 no processo eleitoral, 7,50 no funcionamento do governo, 5,00 na participação política, 4,38 na cultura política e 9,12 nas liberdades civis.
Moçambique, que desceu do 99.º para o 100.º lugar, é o único país lusófono entre os regimes híbridos, obteve classificação global média de 4,90 pontos (igual a 2010), com processo eleitoral (4,83), funcionamento do governo (4,64), participação política (5,56), cultura política (5,63) e liberdades civis (3,82).
Na classificação de "regimes autoritários", no conceito do grupo britânico, estão Angola, que desceu do 131.º para o 133.º lugar, e a Guiné-Bissau, que se manteve no 157.º.
No caso de Angola, a classificação média global é de 3,22 pontos, com a seguinte pontuação: processo eleitoral 1,33 pontos, funcionamento do governo 3,21, participação política 4,44, cultura política 4,38 e libertades civis 3,24.
A Guiné Bissau tem classificação global de 1,99 pontos, com 2,08 no processo eleitoral, 0.00 no funcionamento do governo, 2,78 na participação política, 1,88 na cultura política e 3,24 nas liberdades civis.
São Tomé e Príncipe, país lusófono e membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não consta do Índice de Democracia construído pela Economist Intelligence Unit.
Fonte: Rádio Mocambique - 21.12.2011
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