O presidente zambiano, Michael Sata, decidiu sexta-feira fazer as pazes com o governo do vizinho Malawi, pondo termo a um conflito diplomático em conexão com a sua deportação daquele país em 2007, quando na altura era o líder da oposição.
Sata, que ascendeu ao poder após uma vitória surpreendente nas últimas eleições gerais realizadas a 20 de Setembro último, anunciou a sua decisão no término de um encontro mantido sexta-feira, em Lusaka, com o antigo estadista zambiano, Bakili Muluzi, que se encontrava em visita privada à Zâmbia.
Em 2007, na qualidade de líder da oposição zambiana, Sata viu-se impedido de entrar no Malawi, tendo sido deportado logo após a sua chegada e considerado de “persona-non-grata”.
Por isso, em Outubro último, depois de ascender a presidência da Zâmbia, Sata recusou-se a participar numa cimeira regional que teve lugar no Malawi, condicionando a sua participação a um pedido formal de desculpas pela sua deportação ocorrida em 2007.
Contudo, o governo do Malawi recusou-se a formular um pedido formal de desculpas, afirmando que Sata era livre de visitar o país quando muito bem entendesse.
No término do encontro com Muluzi, Sata declarou à imprensa que o antigo estadista malawiano o havia persuadido a por termo a disputa com o actual governo do presidente Bingu wa Mutharika.
“Sentimos que o Malawi e a Zâmbia são superiores a Michael Sata e Bingu wa Mutharika,' disse Sata, para de seguida acrescentar “eu concordo e, por isso, entreguei uma mensagem para informar ao Presidente Bingu wa Mutharika que pelo que me diz respeito vamos esquecer o passado”.
Refira-se que no passado, ambos os países sempre mantiveram relações cordiais.
(AIM)
REUTERS/SG
Fonte:(AIM) - 31.12.2011
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