Cidade de Cabo, África do Sul (PANA) – O Congresso Nacional Africano (ANC), no poder na África do Sul, criticou a repressão violenta das manifestações na Swazilândia e apelou a este país para se democratizar.
Esta reação do ANC segue-se às manifestações organizadas na Swazilândia terça-feira para reclamar ao Rei Mswati III pela autorização da democracia multipartidária.
"Instamos o Governo da Swazilândia a trabalhar para a normalização do ambiente político, levantando a interdição que abala os partidos políticos, libertando os ativistas políticos e iniciando um diálogo construtivo com a oposição e os responsáveis sindicais para encontrar uma solução coletiva à crise socioeconómica que atravessa o país", declarou num comunicado Ebrahim Ebrahim, vice-ministro para as Relações Internacionais.
"O uso das forças de segurança para reprimir qualquer forma de contestação política e a incapacidade de ouvir as preocupações legítimas dos cidadãos apenas podem levar a uma degradçaão das relações entre o Governo e os civis, o que não agoura nada de positivo para a estabilidade económica", sublinhou o ministro.
Ebrahim comparou a situação na Swazilândia com as pressões que desembocaram finalmente na queda do apartheid no início dos anos 1990.
« Após ter saído dum passado violento de apartheid marcado por assassinatos, agressões e aprisionamentos, a África do Sul hoje é um modelo constitucional democrático mundialmente reconhecido . Sem as massas populares que obrigaram o regime minoritário do Partido Nacional a iniciar o diálogo com o Congresso Nacional Africano e os outros movimentos de libertação, antes de 1994, isto não teria sido possível”, indicou.
Em início da semana, o parceiro da aliança do ANC, a federação sindical COSATU, condenou igualmente a repressão pelas forças fiéis ao Rei Mswati.
Fonte: Panapress - 15.04.2011
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