Casas, mesquitas e igrejas foram queimadas durante manifestações contra a vitória do presidente Goodluck Jonathan
Os protestos que se seguiram às eleições na Nigéria fizeram «muitos mortos», avança fonte da Cruz Vermelha, citada pela agência «Reuters», não conseguindo, para já, precisar o número de vítimas.
Os confrontos estenderam-se por várias cidades, Kaduna, Katsina, Kano, Adamawa, Niger e Jigawa. Casas, mesquitas e igrejas foram queimadas durante manifestações contra a vitória do presidente Goodluck Jonathan.
«Muitas pessoas foram mortas, mas os relatos mais recentes ainda estão a chegar e não podemos, para já, falar em números», disse Umar Mairiga, da Cruz Vermelha. «Todos os nossos voluntários estão em alerta para quando a situação acalmar, poderem actuar», adiantou.
O inspector-geral da polícia Hafiz Ringim, afirmou que os protestos estão a ser organizados por grupos que não aceitam o resultado eleitoral. O apuramento dos resultados eleitorais deu a vitória a Goodluck Jonathan, representante do sul produtor de petróleo, derrotando Muhammadu Buhari, um ex-militar do norte. Os observadores internacionais afirmam que o acto eleitoral foi o mais justo dos últimos anos, mas os apoiantes de Buhari acusam o regime de fraude.
Autoridades no estado de Kaduna impuseram um toque de recolher de 24 horas depois de os manifestantes terem posto fogo na residência do vice-presidente, Namadi Sambo, na cidade de Zaria e terem invadido uma prisão, libertando os detidos.
A Nigéria tem um histórico de eleições fraudulentas e violentas, mas a votação de sábado foi considerada como um grande avanço. Buhari, que também perdeu as eleições de 2003 e 2007, disse repetidamente que os nigerianos não aceitariam outro resultado fraudulento.
Fonte: TVI24 - 18.04.2011
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