Misrata- Membros e líderes das tribos líbias pediram hoje (quarta-feira) ao coronel Muammar Kadhafi que deixe o poder, enquanto os rebeldes, graças aos bombardeamentos da Otan, anunciaram ter conseguido restabelecer a segurança no porto de Misrata.
Numa declaração divulgada em Paris pelo escritor francês Bernard Henri Levy, que respalda a rebelião líbia, os líderes ou representantes de 61 tribos líbias afirmaram o desejo de construir uma "Líbia unida" sem a presença de Muammar Kadhafi.
"Diante das ameaças que pesam sobre a unidade de nosso país, diante das manobras e da propaganda do ditador e da sua família, declaramos solenemente que nada poderá nos dividir. Compartilhamos o mesmo ideal de uma Líbia livre, democrática e unida", afirma o texto, redigido em 12 de Abril em Benghazi, reduto da rebelião líbia no leste do país.
A Líbia de amanhã, uma vez que o ditador tenha partido, segundo 61 signatários, será uma Líbia unida, cuja capital será Trípoli e onde por fim todos serão livres para formar uma sociedade civil segundo os seus desejos.
"Como líbios, formamos um só e única tribo, a tribo dos líbios livres, contra a opressão e as intenções ruins de divisão", afirmam os representantes das tribos, que agradecem a França e a Europa, que segundo eles "impediram a carnificina" prometida por Kadhafi.
O pedido foi feito no dia em que os rebeldes anunciaram ter conseguido restabelecer a segurança no porto da cidade rebelde de Misrata, depois do ataque de terça-feira das forças leais a Kadhafi.
Fonte: Angola press - 28.04.2011
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