Investigação forense pretende identificar as vítimas e causas da morte e abandono.
A Procuradoria da República em Manica ordenou a exumação de 11 corpos, encontrados ao abandono nas matas do distrito de Macossa e enterrados pela polícia moçambicana sem realizar autópsias, numa zona onde foi denunciada a existência de vala comum.
A exumação ocorreu a 22 de Junho e os corpos foram enviados para o Hospital Central da Beira (HPC), no quadro das investigações para se aferir as circunstâncias da morte das vítimas e como foram parar naquela região, que igualmente é palco de confrontos entre o braço armado da Renamo e forças governamentais.
“Esforços estão sendo realizados, sob ponto de vista da investigação, através da Procuradoria provincial de Manica, no sentido de contribuir para a busca de elementos que visam a satisfação da prova ou o esclarecimento do caso de uma forma geral”, disse esta quarta-feira, 29, o procurador Inácio Vumbuca, procurador de Manica, em conferência de imprensa.
“Esforços estão sendo realizados, sob ponto de vista da investigação, através da Procuradoria provincial de Manica, no sentido de contribuir para a busca de elementos que visam a satisfação da prova ou o esclarecimento do caso de uma forma geral”, disse esta quarta-feira, 29, o procurador Inácio Vumbuca, procurador de Manica, em conferência de imprensa.
Denúncias de valas comuns
A exumação dos corpos ocorre quase um mês e meio depois da sua sepultura, no mesmo local em que foram encontrados ao abandono na zona do distrito de Macossa, onde camponeses denunciaram em Abril a existência de uma vala comum.
Questionado se o actual estado dos corpos permitia a produção de provas, Inácio Vumbuca limitou-se a dizer que, “uma vez que ainda se está em sede dos profissionais de saúde, só depois destes exames é que pode-se tirar alguma ilação, alguma conclusão ou todas evidências de que se pretendem sobre o estado dos corpos e o resto da informação”.
O magistrado assegurou ser confiante nas autoridades sanitárias para o sucesso das provas que poderão esclarecer em que situação as pessoas morreram.
Os corpos abandonados nas matas foram descobertos por camponeses e jornalistas a 29 de Abril, após as autoridades negarem a existência de valas comuns na região e cerca de 10 dias mais tarde foram sepultados pela polícia moçambicana, sem efectuar exames de autópsia aos corpos.
O ministro moçambicano do Interior garantiu na ocasião da sepultura que o enterro não significava o fim das investigações.
Na semana passada, a Amnistia Internacional (AI) instou Moçambique a investigar de imediato todas as alegações de violação de direitos humanos, sublinhando que as averiguações deverão ser “completas e imparciais”.
Na reunião da Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, decorrido a 23 de Junho em Genebra, a AI pediu que Moçambique assuma o compromisso de garantir a investigação imediata de alegações de detenções arbitrárias, execuções extrajudiciais e outras violações de direitos humanos por agentes do Estado.
Questionado se o actual estado dos corpos permitia a produção de provas, Inácio Vumbuca limitou-se a dizer que, “uma vez que ainda se está em sede dos profissionais de saúde, só depois destes exames é que pode-se tirar alguma ilação, alguma conclusão ou todas evidências de que se pretendem sobre o estado dos corpos e o resto da informação”.
O magistrado assegurou ser confiante nas autoridades sanitárias para o sucesso das provas que poderão esclarecer em que situação as pessoas morreram.
Os corpos abandonados nas matas foram descobertos por camponeses e jornalistas a 29 de Abril, após as autoridades negarem a existência de valas comuns na região e cerca de 10 dias mais tarde foram sepultados pela polícia moçambicana, sem efectuar exames de autópsia aos corpos.
O ministro moçambicano do Interior garantiu na ocasião da sepultura que o enterro não significava o fim das investigações.
Na semana passada, a Amnistia Internacional (AI) instou Moçambique a investigar de imediato todas as alegações de violação de direitos humanos, sublinhando que as averiguações deverão ser “completas e imparciais”.
Na reunião da Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, decorrido a 23 de Junho em Genebra, a AI pediu que Moçambique assuma o compromisso de garantir a investigação imediata de alegações de detenções arbitrárias, execuções extrajudiciais e outras violações de direitos humanos por agentes do Estado.
Fonte: Voz da América – 30.06.2016
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