O caso sobre a vala comum
A governadora de Sofala, Helena Taipo, chamou ontem a imprensa na cidade da Beira, para manifestar a sua irritação com facto de o Movimento Democrático de Moçambique ter vindo a público desmentir Edson Macuácua e afirmar que há execuções em massa e corpos abandonados em Sofala e Manica, o que indicia estar-se perante uma vala comum.
Na semana passada, Edson Macuácua, chefe da Primeira Comissão da Assembleia da República, desvalorizou desvalorizou os corpos espalhados nas matas da Gorongosa, em Sofala, e em Macossa, na província de Manica, ao negar a existência da vala comum.
Mas, na segunda-feira, Laurinda Cheia, deputada do Movimento Democrático de Moçambique, declarou publicamente que há vala comum no distrito de Macossa. na província de Manica. Laurinda Cheia, integrou a equipa de deputados membros da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade [mas que não incluía deputados da Renamo] que foi investigar a existência de valas comuns e a violação dos Direitos Humanos no centro do país,
Helena Taipo, que também esteve na campanha de falsificação sobre os factos, já havia dito que tudo era mentira, sem nunca ter estado nos locais onde os jornalistas encontraram os corpos sem vida.
Na terça-feira, na Beira, Helena Taipo afirmou que a Procuradoria-Geral da República devia processar o MDM por ter desmentido a versão oficial sobre a vala comum.
Helena Taipo considera que o MDM está a fazer aproveitamento político ao dizer que há corpos despalhados nas matas.
Muito antes, Daviz Simango, presidente do MDM, havia declarado que “negar que há vala comum é um contra-senso, pois onde houver mais que dois ou três corpos é vala comum, ou trata-se de massacre”. (José Jeco)
Fonte: Canalmoz – 08.06.2016
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