Dez organizações da Sociedade Civil assinaram carta de comunicação oficial da manifestação pacífica
Organizações da Sociedade Civil convocam uma manifestação pacífica para próximo sábado, na cidade de Maputo. No entanto, Alice Mabota, uma das organizadoras do evento, diz que está a sofrer pressão e ameaça para que a marcha não se realize. Por isso, a Presidente da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique apela para que os celulares dos participantes estejam permanentemente activos para filmarem os organizadores da marcha, no sábado. E não fica por aí. Mabota revela. “O mundo todo está preparado. Depois de receber ameaças – tenho mecanismos de acionar o alerta fora –, informei ao mundo para que tivesse conhecimento que fui ameaçada”, garantiu Alice Mabota.
Ao todo, são dez organizações da Sociedade Civil que assinaram carta de comunicação oficial da manifestação pacífica para sábado, mas o número envolvido é bem mais elevado.
“Pelo Direito à Esperança” é o lema escolhido e, como foi anunciado na conferência de imprensa, esta é mais uma acção de activismo para o povo expressar o que está bom e o que está mau.
“Nós, como organizações da sociedade civil, organizamos os cidadãos para expressarmos o que gostamos e o que não gostamos, desde que a manifestação dessa expressão seja de uma maneira pacífica, ordeira, sem insultos e sem destruição, para que quem está no poder veja qual é a satisfação e insatisfação dos cidadãos”, avançou Alice Mabota.
Há várias questões que estão no epicentro da manifestação, desde a situação político-militar, a insegurança pública, os raptos e sequestros e o escândalo das dívidas com garantias do Estado.
“Juntamo-nos a esta marcha para levantar as nossa vozes e dizer que temos esperança e para manifestar o desejo de que as instituições de direito possam fazer seu papel em termos de esclarecimentos dos assuntos”, proferiu Paula Monjane, Directora do CESC.
O início da marcha será na avenida Eduardo Mondlane, próximo da estátua, e vai prosseguir pela avenida Karl Marx, Ho Chi Min, até à praça da independência.
Fonte: O País – 15.06.2016
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