Mais de 177 mil eleitores recenseados foram
adicionalmente descobertos, segundo anunciou a Comissão Nacional de Eleições
(CNE) no início deste mês. A maior mudança é na Zambézia, onde cerca de 78 mil
eleitores a mais foram encontrados. Esta diferença foi suficiente para dar a
Zambézia dois assentos extras na Assembleia da República (AR), devolvendo-a 45
assentos, o mesmo que no presente parlamento. Em maio, a CNE anunciou que a
Zambézia teria apenas 43 assentos.
Os dados de Maio foram apurados com base nas informações e relatórios diários reportadas pelas comissões províncias e distritais por telefone e SMS, segundo Paulo Cuinica, porta-voz de CNE. Depois da confrontação destes dados com os cadernos eleitorais, estes mostraram que haviam sido enviados dados incorrectos durante o processo de recenseamento, o que exigiu grandes alterações nos números anteriormente divulgados, com especial destaque para as províncias de Nampula, Zambézia, Sofala e Gaza, implicando a alteração dos mandatos.
Em Nampula, Cuinica, também afirmou que foram encontrados vários casos de duplicação de eleitores.
A nova decisão cria dois problemas. Em primeiro lugar, os partidos políticos devem ter listas de candidatos iguais ou superiores ao número dos assentos para a província, com três suplentes. Assim, de acordo com os resultados de Maio, os partidos submeteram 46 candidatos para a Zambézia. Esta mudança significou a alteração do limite para 48, mas legalmente, já é tarde para se apresentar novos candidatos. Por sorte, Cuinca afirmou que na Zambézia todos os partidos submeteram candidaturas de suplentes acima do limite estabelecido e serão usados estes para suprir as listas.
Segundo, se a lei eleitoral fosse aplicada como está
escrita, a Zambézia teria apenas 44 assentos, mas a CNE atribuiu-lhe um assento
extra. Isto é explicado abaixo.
As tabelas se encontra na versão pdf deste boletim em anexo mostraram as mudanças. As principais alterações são na Zambézia que ganha dois assentos e Nampula que perde dois, enquanto Sofala perde um e Gaza ganha um. A CNE encontrou 4,2% de eleitores a mais na Zambézia e mais de 3% extra em Gaza e Tete. Mas a província de Nampula, perdeu 1% de seus eleitores.
As mudanças são anunciadas pela Deliberação n.º
65/CNE/2014 De 3 de Agosto, da CNE, disponível em http://bit.ly/Moz-CNE-del65.
Fonte: Boletim sobre
o processo político em Moçambique Número EN 34 - 18
de agosto de 2014
3 comentários:
Ha muita razao para isso: semanas atras uma equipe distrital de Angoche andou por ai a registar eletores para voto automatico, quer dizer, que nao precisarao de comparecer ao local de votacao. So em Nacala-Porto conseguiu 4.000 eleitores e foi somar ainda em Nampula. O grupo move-se com a denominacao "visitas de trabalho, instala-se nalguma acomodacao e vai trabalhando.
"A vitoria prepara-se, avitoria organiza-se"
Ha muita razao para isso: semanas atras uma equipe distrital de Angoche andou por ai a registar eletores para voto automatico, quer dizer, que nao precisarao de comparecer ao local de votacao. So em Nacala-Porto conseguiu 4.000 eleitores e foi somar ainda em Nampula. O grupo move-se com a denominacao "visitas de trabalho, instala-se nalguma acomodacao e vai trabalhando.
"A vitoria prepara-se, avitoria organiza-se"
Dolores, por acaso eu estou preocupado com a origem dos novos números de eleitores. Quem prova?
Enviar um comentário