O
Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, ignorou o minuto de silêncio
solicitado pelo Presidente da Autarquia de Quelimane, Manuel de Araújo, aquando
da celebração do 7 de Abril (Dia da Mulher Moçambicana), num comício popular
que teve lugar na Praça dos Heróis Moçambicanos em memória do jovem músico Max
Love, morto pelos guardas do governador da província da Zambézia, Joaquim
Veríssimo, em Novembro do ano passado.
No comício orientado pelo chefe do estado, Araújo antes de avançar com o seu discurso, pediu aos presentes para que dedicassem um minuto de silêncio por causa deste jovem, tido como herói de Quelimane, olhando pelas circunstâncias em que foi morto.
Só que este pedido do edil, nem o chefe do estado
muito menos a sua comitiva que se encontrava na tribuna de honra respeitou,
tendo apenas o autarca e a população respeitado este desejo. Todavia, alguns
munícipes dizem que o chefe do estado, sendo ele garante da Constituição da
República (CRM), deveria ceder e respeitar esta vontade porque trata- se de um
acto que visava homenagear um cidadão moçambicano morto, já que a CRM garante
vida a todo cidadão moçambicano.
Por outro lado, outros ainda dizem que Guebuza terá se guiado de forma partidária a não respeitar aquele pedido visto que o jovem que foi morto pelos guardas do governador, encontrava-se a festejar a vitória do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e do seu candidato Manuel de Araújo que venceram as eleições autárquicas de 20 de Novembro de 2013, por isso, reconhecendo que o malogrado era da oposição segundo as fontes, ele terá ignorado este pedido para não dar razão a oposição, esquecendo-se que além de ser Presidente do partido Frelimo é também o chefe do Estado moçambicano, garante da Constituição da República. Refira-se que no mesmo acto, a população pediu justiça ao PR através de uma mensagem que vinha plasmada num dístico que estava mesmo nas vistas do alto magistrado da nação.
Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 10.09.2014
5 comentários:
Por isso nao ando com comutiva do meu partido na campnha e nem na comemoração apenas voto e fico em casa a espera de resultado. perder a vida de forma estupida. Jovens nao façam isso de andar atras de candidatos quando morrem trazem tristeza e desgraça para vossas familias.
Anónimo, acha mesmo que o problema é de ir a campanha e comemorações. Só para reflectir:
1. Os mortos em Mueda é por culpa própria, já também podiam ter ficado em casa?
2. Os mortos nas diferentes guerras em Mocambique, é por culpa própria, já que até podiam ter emigrado?
3. Os que morrem no troco Save-Muxungue e que tudo se parte das trafulhices, será por motivo próprio?
Pessoalmente, não conheço sociedade que não festa vitórias.
Essa coisa de a culpa é da vítima resulta de falta de análise profunda e talvez a pessoa se torna também vítima.
Mas estranho é mesmo que não se esteja a ver que a questão é essa de ignorar um minuto de silêncio.
Nao disse que a vitima é culpada mas certas coisas devemos tentar evitar no maximo. Sou da Frelimo e vivo na Beira, aqui a Frelimo nao tem aceitacao é um facto sou por simples camisete da Frelimo e ir campanha é motivo de provocação, Exemplo disso foi oque acontecu ano passado na Munhava meu colega escapou ileso mas teve viatura arrebentada. Por isso nao tenho ido na campanha do meu partido quando chega o dia de voto faço a minha parte votando no meu partido.
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