Na semana passada, o Governo anunciou o adiamento do início do recenseamento eleitoral, que estava previsto para o dia 31 de Janeiro último, para o dia 15 de Fevereiro, a pedido da Renamo, no contexto do diálogo.
Este partido considera de louvável a iniciativa do Governo em ceder a este pedido, mas reitera que há muitos factos que estiveram por detrás do pedido de adiamento que submeteu ao Executivo que não foram tidos em conta, dentre os quais o diálogo que ambos têm estado a manter.
“Não basta adiar o recenseamento de 31 de Janeiro para 15 de Fevereiro. Há actividades que devem ser realizadas durante este intervalo, mas isso não foi tido em conta. Para nós, o adiamento pressupõe que há vontade por parte do Governo de acomodar os resultados que sairão do diálogo”, explica Mazanga.
Mazanga aponta várias incongruências neste adiamento porque a Renamo solicitou-o para permitir que o Parlamento incorporasse os resultados do diálogo na legislação eleitoral, ou seja, não faz sentido que decorra o recenseamento sem a revisão da lei.
“O recenseamento inicia no dia 15 de Fevereiro e a IX Sessão Ordinária da Assembleia da República no dia 19. Adiámos para e porquê? O adiamento visava a alteração da legislação eleitoral por parte do Parlamento para permitir a entrada dos membros da Renamo nos órgãos eleitorais. Devia-se ter esperado pelos resultados do diálogo, pelo menos no que diz respeito à matéria eleitoral”.
Por outro lado, o nosso entrevistado refere que o período escolhido para a realização do recenseamento eleitoral não é o ideal por se tratar da época chuvosa, que vai do mês de Outubro ao de Março.
“A chuva é um factor desfavorável. Realizar o recenseamento entre Fevereiro e Abril é um desafio à natureza, do qual o homem sempre sai derrotado. Se formos a ver os relatórios dos processos eleitorais do passado vamos notar que muita coisa de negativo aconteceu devido à chuva”.
Fonte: @Verdade - 05.02.2014
1 comentário:
Nascemos num momento errado, não sabemos porque vivemos por isso até queremos brincar até com outros, pessoas sem sentimentos.
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