Moçambique está entre os cinco países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) com elevada taxa de mortalidade nas estradas e entre os 25 países do mundo com altos níveis de mortes por acidentes.
A nível do bloco regional, Moçambique junta-se aos Estados membros como Angola, Namíbia, Lesotho, Malawi e Zâmbia. Mas no continente africano, destacam-se países como a Etiópia, o Sudão, o Congo Brazzaville e a Guiné Equatorial.
Um estudo intitulado Mortalidade por Acidentes Rodoviários, que envolveu 193 países, faz uma comparação com outras principais causas de mortalidade e, para compilar o relatório, os quadros do Instituto de Pesquisa de Transporte da Universidade de Michigan debruçaram-se sobre as estatísticas de fatalidade publicadas, em 2008, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Embora o maior interesse do estudo fosse em mortes no trânsito, registou as fatalidades decorridas em outras três causas, nomeadamente a doenças cardíacas, as neoplasias malignas e as doenças cerebrovasculares (AVC).
No final, os pesquisadores mapearam os dados, o cálculo das taxas de mortalidade mais altas e mais baixas associadas a cada doença, as taxas de mortalidade associadas com a sinistralidade rodoviária para, no fim, aferir como a primeira e a última causas se sobrepõem.
A boa nova reside no facto de que, em média, os acidentes vasculares cerebrais, as doenças cardíacas e o cancro constituírem maior perigo para os seres humanos quando comparadas aos acidentes rodoviários.
Mas a má notícia está no facto de nalguns países a constatação não ser inteiramente verdade. Na Namíbia, por exemplo, a pessoa é 53 por cento mais propensa a morrer num acidente rodoviário do que de cancro. No Qatar, país do Golfo, a pessoa é cinco vezes mais susceptível a morrer em um acidente de carro do que de um acidente vascular cerebral.
O estudo agrupou os países mais perigosos em termos de sinistralidade rodoviária juntamente com o número de mortes por 100 mil habitantes. Na pesquisa, apenas um país se sobrepõe ao Malawi, (Congo Brazzaville).
Os 10 primeiros do mundo, onde as possibilidades de morrer num acidente de estrada são bem maiores são a Namíbia com 45 óbitos por cada 100 mil habitantes, seguido da Tailândia (44); Irão (38); Sudão (36); Swazilândia (36); Venezuela (35); Congo Brazzaville (34); Malawi (32); República Dominicana (32) e o Iraque (32).
Na lista de países com as mais baixas taxas de mortalidade por acidentes rodoviários, uma vez mais há pouca sobreposição, além Maldivas: a Suíça (05) na posição 184; seguida Holanda (04); Antigua e Barbuda (04); Tonga (04); Israel (04); as Ilhas Marshall (04); Fiji (04); Malta (03); Tajiquistão (03) e as Maldivas (02).
Para referência, os Estados Unidos tiveram 817 mortes por 100 mil habitantes de todas as quatro causas, representando uma ligeira melhoria do que a taxa de mortalidade média global de 844. Em termos de mortes nas estradas, os EUA tiveram 14 mortes por 100 mil, feito que os coloca acima da média mundial que é de 18 casos.
O relatório exclui alguns países que fariam a lista dos 10 mais seguro, mas ficaram de fora, entre eles a Gronelândia e a Cidade do Vaticano. Ele também tem vista para algumas áreas problemáticas que poderiam ter acabaram no fundo, como o Sul do Sudão e Palestina. Só para você saber.
Fonte. AIM – 2602.2014
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