As alfândegas moçambicanas apreenderam 10 contentores com 150 metros cúbicos de madeira em toro com destino à China, disse hoje à Lusa fonte da Autoridade Tributária de Moçambique.
Uma operação iniciada na quarta-feira e concluída hoje resultou na apreensão de uma dezena de contentores de madeira da espécie Monzo, utilizada na produção de "parquet" e mobiliário.
As alfândegas de Moçambique anunciaram que estão a verificar mais 20 contentores pertencentes a uma empresa de capitais chineses que pretendia exportar a madeira não processada para a China.
"A madeira Monzo tem que sair processada, mas eles estão a empacotar madeira não processada", referiu à Lusa uma fonte da Autoridade Tributária, que, desde quarta-feira, está a desempacotar toda madeira nos 30 contentores.
"A seguir será aberto um processo fiscal e a empresa chinesa terá que pagar multa. O processo de avaliação da madeira vai determinar o valor da multa", disse.
Um relatório publicado recentemente pela Agência de Investigação Ambiental, organização não-governamental do Reino Unido, aponta que "entre 80 e 90 por cento das árvores derrubadas em Moçambique têm como destino final a China".
A lei moçambicana proíbe a exportação de madeiras em toro de modo a garantir a mão-de-obra moçambicana através do processo de serração.
Segundo a Agência de Investigação Ambiental, a China é o país que mais importa, exporta e consome madeira do mundo, além de ser o principal responsável pela destruição das florestas tropicais.
MMT //JMR.
Fonte: Lusa - 10.01.2013
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