O Gabinete da Primeira-dama e a FBT IC, uma empresa suíça especializada na construção de edifícios hospitalares e da educação, lançaram hoje, em Maputo, um projecto para a construção de um hospital generalista na província de Nampula, norte de Moçambique.
O empreendimento, cujas obras deverão arrancar em Junho, deverá ficar concluído em Dezembro de 2014.
Segundo o ministro da saúde, Alexandre Manguele, este projecto enquadra-se nos esforços do Governo na busca de soluções para melhorar as condições de saúde dos cidadãos.
João Silva, director geral da FBT IC, disse que o hospital será gerido pelo sector privado e contará com 50 consultórios médicos, 33 especialidades de doenças. O novo hospital comporta 45 quartos duplos e 67 individuais, perfazendo uma capacidade para internar 157 pacientes.
Na ocasião, Manguele disse que a construção deste edifício hospitalar, que vai prestar serviços de várias especialidades de saúde usando elevada tecnologia, irá ajudar a resolver muitos problemas de saúde que, vezes sem conta, levam os moçambicanos a procurarem tratamento no estrangeiro.
“Com este hospital deixaremos de viajar a procura de tratamento e até vamos passar a receber pacientes de fora em particular da região”, disse Manguele.
A construção deste hospital, segundo Manguele, traz um desafio na formação e desenvolvimento de novas especialidades médicas que o Governo está a realizar em Moçambique.
Por isso, explicou Manguele, nos últimos dois anos o Ministério da Saúde parou de mandar estudantes finalistas de medicina para as províncias tendo retido cerca de 100 médicos para especialização no Hospital Central de Maputo.
Manguele aproveitou a oportunidade para anunciar que terão início ao longo do corrente ano as obras de construção do Hospital Central de Quelimane, bem como outros hospitais e centros de saúde com capacidade para fazer operações cirúrgicas.
Flávia Cuereneia, directora do Gabinete da Primeira-dama de Moçambique, instituição que participou na identificação de parceiros no âmbito do projecto Instituto Criança Nosso Futuro, disse que este hospital terá uma componente social para atender a população de baixa renda.
“Os médicos moçambicanos vão usar este hospital como centro de formação e especialização”, acrescentou Flávia Cuereneia.
A escolha da província de Nampula para acolher este projecto, segundo a interlocutora, deve-se ao facto de Nampula ser uma das províncias mais populosas do país e ponto de referência na captação de mais investimentos, razão pela qual impõe-se a necessidade de dotá-la com capacidade para responder as necessidades de desenvolvimento.
Fonte: RM/AIM - 11.01.2013
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