Kinshasa - Um antigo deputado congolês, membro da oposição e nascido de parentes europeus, foi condenado pelo Tribunal supremo de justiça de Kinshasa a três anos de prisão por falsificação e uso de falsos documentos que o atribuem a nacionalidade congolesa, soube-se hoje (quinta-feira) junto de um dos seus advogados, citados pela AFP.
Pierre-Jacques Chalupa, 64 anos, naturalizado congolês em 1999 e único deputado branco eleito em 2006, está detido desde há quase um ano. O seu julgamento terminou no início de Agosto último e, em Outubro, foi condenado em recurso a quatro anos de prisão efectiva.
"O Tribunal supremo de justiça, que decidiu em recurso, condenou-o quarta-feira a 36 meses de prisão efectiva, o que representa uma redução de 12 meses em relação a anterior condenação", anunciou Hubert Efole, co-defensor de Chalupa.
Chalupa, eleito deputado em 2006, apresentou-se as eleições contestadas de 2011, apoiando Etienne Tshisekedi, o chefe da União para a democracia e o progresso social (UDPS), o primeiro partido da oposição, que rejeitou os resultados do escrutínio.
Detido após essas eleições ganhas pelo presidente reeleito Joseph Kabila e o seu campo, foi acusado de falsificação e uso de falsos documentos para aquisição da nacionalidade congolesa, assim como a sua carta de eleitor e o seu passaporte congolês.
Chalupa, nasceu em Uvira, no Sul-Kivu (Este), duma mãe grega e de um pai de origem portuguesa. Após os estudos de arquitectura em Bruxellas, regressou ao seu país onde desenvolveu actividades no domínio da publicidade
Fonte: Angolapress - 25.01.2013
Sem comentários:
Enviar um comentário