A futura linha férrea ligando Chiúta, na província de Tete, e Nacala, em Nampula, tem já fundos assegurados, estando numa fase adiantada as negociações entre a empresa ENRC e o Governo, num investimento orçado em biliões de dólares norte-americanos.
O director da companhia, o moçambicano José Eduardo Dai, revelou ao jornal Notícias que a linha terá, numa fase inicial, uma capacidade de manuseamento de 60 milhões toneladas por ano, prevendo-se um incremento de 125 milhões de toneladas anuais.
Dai foi ainda mais longe ao revelar que quando a linha atingir uma capacidade de manuseamento de 40 milhões de toneladas por ano, o nosso país tornar-se-á no quarto maior produtor mundial de carvão.
“A linha férrea Chiúta/Nampula vai servir todos os operadores de carvão e também manuseará carga a granel. Contudo, como parte dos acordos com o Governo moçambicano, a linha irá também servir para transportar passageiros e carga, em geral. É de salientar que o estudo para a edificação deste gigante empreendimento ferroviário iniciou há três anos, encontrando-se neste momento na sua fase de engenharia detalhada com um investimento na ordem de alguns milhões de dólares norte-americanos”, referiu Dai.
Para além deste empreendimento, a ERNC está envolvida no projecto de exploração de carvão em Chitima, na província de Tete, prevendo-se que até aos anos 2015 ou 2016 se inicie a exportação daquele minério na ordem de 40 milhões de toneladas ano.
Trata-se de uma empresa que lidera o mercado mundial de produção de ferro e crómio, sendo a terceira maior produtora de alumínio mundialmente.
Faz também parte das 100 maiores empresas cotadas na Bolsa de Valores de Londres e é a maior concessionária de carvão em Moçambique.
Fonte: Rádio Mocambique - 09.05.2012
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