O deputado Geraldo Carvalho, pelo MDM, é o único processado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) na sequência dos desacatos da passada quarta-feira em Quelimane, pois ele é indiciado de ter lançado soco contra o director provincial dos Transportes e Comunicações da Zambézia, Alberto Manharagem.
O jornal Diário de Moçambique cita o chefe do Departamento de Relações Públicas da PRM na Zambézia, Ernesto Serrote, a dizer que o processo-crime em que é arguido Geraldo Carvalho já deu entrada na Procuradoria da República na cidade de Quelimane.
Geraldo Carvalho devia ter sido preso na hora por crime de agressão física, mas que tal não aconteceu porque ele goza de imunidade parlamentar, o que não impede a PRM de processá-lo pelo acto praticado.
Na quarta-feira, em plena campanha eleitoral, membros da Frelimo e do MDM envolveram-se em escaramuças disputando espaço não devidamente demarcado pelo Conselho Municipal de Quelimane nas imediações da sede provincial deste último partido.
Alberto Manharagem dirigiu-se ao local dos tumultos depois de os membros da Frelimo terem sido aconselhados a abandonar a área e para além de ter sido esmurrado o carro em que se dirigia, um “Land-Rover”, ficou sem vidro traseiro. (lei a versão de @Verdade
O Diário de Moçambique escreve ainda que Ernesto Serrote, que deu esta informação quando fazia o balanço da campanha eleitoral em termos de segurança e ordem públicas, desmentiu informações segundo as quais durante esse período a PRM chegou a movimentar carros de assalto, o que alegadamente assustou os munícipes.
Depois de referir que “a força da polícia vai em função da subida da onda de desmandos”, Ernesto Serrote confirmou que a PRM possui em Quelimane a Força de Intervenção Rápida (FIR) e carro de assalto, mas que estes meios nunca foram usados para intimidar os munícipes.
Além da FIR, segundo a fonte, a PRM possui na Zambézia a Força de Guarda-Fronteira que também pode mobilizar em caso de necessidade, mas que até agora, conforme enalteceu, nunca foi preciso usar alguma unidade especial da corporação.
“Se da nossa leitura resultar que temos que fazer reforço dos contingentes nós podemos reforçar e não estamos proibidos por lei”, justificou Serrote, acrescentando que “em caso de uma situação de alteração da ordem podemos responder imediatamente”.
Fonte: Rádio Mocambique - 06.12.2011
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