Por Marcelo Caetano
Karl Popper, pensador austríaco, afirmava sempre que o historicismo propaga uma atitude intelectual que atribui à história um sentido predeterminado do que não é susceptível de alteração pelos indivíduos.
Conforme a visão historicista o futuro da história humana estaria já definido no presente, assim como o presente teria estado definido no passado. Para esta visão determinista da história a verdadeira liberdade do homem não consiste em tentar imprimir um rumo aos acontecimentos.
Para os historicistas a verdadeira liberdade consistiria em conhecer as leis do desenvolvimento histórico para, em seguida, poder contribuir para a sua concretização e, se possível, aceleração.
Acelerar ou retardar concretização das leis da história é toda liberdade que resta aos indivíduos.
Para Popper o problema que salta logo à vista com esta teoria é que ela impede qualquer tipo de desafio moral às normas existentes. Esta teoria conduz ao ESPÍRITO DE PRINCÍPIO DE QUE O PODER É O DIREITO.
Portanto, esta teoria opõe−se radicalmente ao espírito da sociedade aberta: Fundamentada na possibilidade de criticar e gradualmente alterar leis e costumes.
Manuel de Araújo, candidato pelo MDM−MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE, às eleições presidenciais pelo município de Quelimane, entende que a independência de Moçambique constitui um feito histórico da maior parte do povo moçambicano e não apenas um feito da nossa elite política, que ao fim de cerca de 36 anos de independência nacional, continua a considerar – se no direito absoluto de cobrar do povo moçambicano o pagamento da dívida vitalícia por terem lutado pela independência nacional.
O povo moçambicano não tolera mais essa cobrança – defende Manuel de Araújo.
Com efeito, os Estados ao entrarem na ONU devem assumir voluntariamente o compromisso de observar o princípio do respeito dos direitos e liberdades fundamentais do homem sem distinção de raça, sexo, língua, religião ou afinidade partidária, bem como os direitos e liberdades concretos, fixados na declaração universal dos direitos do homem.
Ao não reconhecer ao povo de Quelimane estes direitos inalienáveis e sagrados, dicidindo por eles as vias do seu desenvolvimento, como deviam escolher o seu modo de vida privando-os dos seus direitos mais elementares, das suas liberdades fundamentais espezinhando a sua dignidade e sua soberania, poderiam pessoas honestas ignorar estes factos? Não tornarem públicas, não tomarem posições de direito perante manifestações de arbítrio e ilegalidade? Questiona Manuel de Araújo.
É convicção de Manuel de Araújo que ampliar o clima de confiança e vontade dos cidadãos de Quelimane em exercer o seu direito de cidadania constitui um desafio permanente. Claramente, Quelimane é um urbanismo desumanizado. A estagnação das vias de acesso, do sistema de esgotos, do sistema de abastecimento de água, entre outras não garante o crescimento e o bem-estar da sua população. É imprescindível pensar activamente no futuro, juntando ideias e preocupações dos vários sectores económicos e dos diversos grupos sociais vivendo nessa Cidade para escolher realizar acções prioritárias, resolvendo os desafios aproveitando as oportunidades que esta cidade, o “Pequeno Brasil” como carinhosamente é tratada enfrenta.
E, a presente constatação é o resultado de uma serie de consultas com a sociedade civil, em coordenação com várias entidades chaves operando nesta cidade e desta maneira representando diferentes pontos de vista e agendas visando melhor caminho para o desenvolvimento socioeconómico de Quelimane.
Só assim se poderá valorizar aquilo que em cada fase, desperta o entusiasmo e o envolvimento criativo dos munícipes de Quelimane pois, acreditam que Manuel de Araújo é um imperativo histórico.
(Marcelo Caetano / in "Canal de Moçambique")f
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