terça-feira, abril 05, 2016

"A luta continua", diz ativista espanhola expulsa de Moçambique

DW África: Esteve quatro anos em Moçambique a lutar pelos direitos das mulheres. Acha que o Governo está a ser demasiado duro ao restringir o uso de mini-saias?
EAM: Não, o assunto é outro. Nós não não estamos a defender o uso das mini-saias. O assunto é que o Governo deve garantir a proteção das meninas e das raparigas dentro das escolas, e deve criminalizar os agressores e garantir condições para que todas elas possam frequentar a escola de forma segura. O que queremos dizer é que o tamanho e o comprimento da saia não afeta isso. Há mulheres que estão a levar capulanas e também estão a ser violadas.
A questão é onde se coloca o foco na proteção das raparigas. Porque, quando se diz que elas estão a ser violadas porque a saia mostra os joelhos, isso não é proteger as raparigas, é culpabilizá-las e criminalizá-las. E nós dizemos "não" a isso. O culpado é o agressor, e o que se deve fazer é punir o agressor e não controlar o tamanho das saias. Ler mais (DW).

Fonte : Deutsche Welle – 01.04.2016

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