O Delegado político provincial do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em Inhambane, Feliciano Machava, considera que ainda persistem problemas de intolerância democrática, sobretudo nas zonas rurais daquela região do Sul do país.
Para sustentar a sua afirmação, Machava disse que, durante a campanha eleitoral rumo as eleições da próxima quarta-feira no país, os partidos da oposição sofreram intimidações e provocações nalguns pontos desta província.
Machava afirmou, por exemplo, que ocorreram tentativas de impedir que o MDM colocasse o seu material de propaganda eleitoral, em particular em Panda e Tofo, para além de casos de disputas propositadas de espaços para realização de actividades de campanha eleitoral.
Segundo o delegado político provincial do MDM, em Inhambane, as provocações têm sido protagonizadas por elementos ligados a caravanas da Frelimo, o partido no poder.
Machava disse que caso preocupante ocorreu no posto de Save em que as escaramuças culminaram com a detenção de três jovens da caravana do MDM por alegadas ofensas corporais, caso que, segundo a fonte, ainda não foi julgado.
Esta é a parte negativa da campanha, disse Feliciano Machava, para quem os problemas de intimidação, perseguições e provocações devem-se a manipulação e instrumentalização das pessoas, sobretudo nas zonas rurais, pelas estruturas dos bairros.
Para a fonte, os obstáculos que as forças políticas da oposição enfrentam, fora das cidades e vilas, não se deve a capacidade de mobilização e organização do partido no poder mas sim ao que apelidou de orientação partidária.
Entretanto, Machava reconhece que a situação e diferente nos centros urbanos, onde a tolerância e a cultura democrática não e muito deficitária, começando já a ganhar terreno.
Comparando com processos eleitorais anteriores, a situação, nas zonas ruras, tem vindo a melhorar no tocante a tolerância e cultura democráticas, disse, insistindo que a situação e mais complicada nas zonas rurais, onde, segundo ele, não tem sido fácil a oposição realizar o seu trabalho politico.
A fonte disse, contudo, que o MDM continua fiel a sua estratégia que adoptou desde o início da campanha eleitoral a 31 de Agosto, que e privilegiar os contactos porta a porta e interpessoais.
E mais produtivo, a interacção e directa com o eleitor, explicando - se porque, como e em quem votar. E a melhor formar de fazer educação cívica, visando combater a abstenção, disse.
Ele apelou aos membros e simpatizantes do MDM e a todos os eleitores em geral para irem as urnas, na quarta-feira, depositar o voto consciente de acordo com o programa do manifesto eleitoral de cada partido.
A melhor arma do eleitor e o voto, afirmou, reiterando que a tarefa não termina na campanha, termina na votação.
O MDM foi criado em 2009. Na província de Inhambane já se encontra instalado em todos os distritos, segundo o delegado político do partido.
Nesta parcela do país, esta formação política participou no pleito de 2009 para a eleição dos membros das assembleias provinciais e, em 2013, concorreu nas eleições intercalares na cidade de Inhambane.
Já em 2013, concorreu nas cinco autarquias da província tendo conquistado 21 lugares nas assembleias municipais, 4 em Inhambane, 8 em Maxixe 2 na vila de Quissico, 4 em Massinga e 3 em Vilanculo.
Fonte: AIM – 11.10.2014
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