Não foram dadas
instruções as comissões distritais das eleições (CDEs) sobre a forma como
deveria ser feito o apuramento distrital, que consistiria no simples somatório
dos editais de todas as assembleias de voto da cidade ou distrito. Não havendo
esta orientação do STAE a nível nacional, cada CDE criou seus próprios
sistemas.
Alguns usaram
computadores, alguns lápis e papel, e alguns escreveram no quadro preto das
salas de aula. Os que tinham computadores normalmente usaram planilhas do
Excel, uns tentaram usar o Word e, em seguida, paravam e começavam novamente
com o Excel.
Alguns começaram
logo que receberam os primeiros editais, enquanto outros aguardaram pela
chegada de todos os editais. Alguns começaram com dados apresentados por
telefone e SMS e outros esperaram pelos editais. Alguns fizeram tudo bem
organizado, enquanto outros tinham papéis espalhados ao redor da sala e várias
pessoas nas salas aparentando estar seguir sistemas diferentes. Alguns utilizavam
salas especiais, outros estavam em salas menores, e alguns apuramentos foram
feitos no escritório do director distrital do STAE. Alguns representantes dos
partidos tiveram acesso às tabelas finais e outros não.
O melhor
apuramento foi organizado pela CDE da cidade de Tete, que montou uma sala
especial. Cada edital era mostrado aos observadores, representantes dos
partidos e jornalistas, e em seguida, os resultados eram lidos. Os dados eram
introduzidos em um computador e projectados na parede para que todos pudessem
ver que os dados introduzidos estavam correctos. Poucos casos iguais a este
foram reportados. Em alguns lugares, era impossível verificar a veracidade dos
dados que estava a ser introduzidos.
Em alguns locais,
os representantes dos partidos estiveram presente, mas alguns partiram antes do
término do processo.
Fonte: Boletim
sobre o processo político em Moçambique Número EN 67-68 - 21 de Outobro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário