Uma filha de Samora Machel disse no domingo, numa cerimónia de homenagem ao primeiro Presidente moçambicano, que os responsáveis pela morte do pai, há 28 anos, estão vivos e que a família tenciona descobri-los.
"Creio que as pessoas que fizeram isso estão vivas", disse Olívia Machel, citada hoje pelo diário O País, acrescentando que "a divulgação dos resultados das investigações poderá desestabilizar Moçambique e os países vizinhos" e que a família apelou insistentemente ao executivo moçambicano e de outros países "para descobrir este mistério".
Samora Machel morreu a 19 de Outubro de 1986 num desastre aéreo que ocorreu na localidade sul-africana de Mbuzini, junto à fronteira com Moçambique.
O Governo moçambicano responsabilizou pelo desastre o então regime do "apartheid", que por sua vez sempre atribuía a queda do avião a erros da tripulação russa que comandava o aparelho, nunca tendo aberto uma nova investigação do caso.
Além do chefe de Estado, morreram 34 membros da comitiva presidencial que regressavam a Moçambique de uma cimeira na Zâmbia.
No domingo, familiares de Samora Machel e membros do actual e anteriores governos moçambicanos prestaram homenagem ao primeiro Presidente do país, na praça dos Heróis, em Maputo, numa cerimónia dirigida pela governadora da cidade de Maputo e membro da comissão política da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), Lucília Hama.
Fonte: LUSA – 20.10.2014
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