O Movimento Democrático de Moçambique fez uma denúncia ao Conselho Constitucional informando que a Polícia da República de Moçambique está a dificultar, em todo o país, o processo de recolha de assinaturas que vão apoiar a candidatura de Daviz Simango às eleições presidenciais de 15 de Outubro próximo.
Segundo a denúncia a que o Canalmoz teve acesso, a Polícia está a deter e intimidar os membros e simpatizantes daquela formação política que recolhem assinaturas ou que assinam em apoio à candidatura do MDM.
Um dos requisitos constitucionais para apresentação de uma candidatura presidencial ao Conselho Constitucional são dez mil assinaturas. Este processo termina em 21 de Julho, conforme deliberação do CC. O MDM mostra-se preocupado com a acção da Polícia, que em alguns distritos e cidades questiona a legalidade do processo.
A denúncia aponta que, na passada segunda-feira, um delegado do MDM de nome de José de Araújo foi detido por dois agentes da Polícia, à paisana, em Marrambone, em Inhambane. Na ocasião, esses agentes apreenderam duas listas de assinaturas, incluindo os respectivos cartões de eleitor dos cidadãos subscritores. Mais tarde, José de Araújo foi solto, mas as autoridades não devolveram as fichas de apoio e vinte cartões de eleitor.
Dias antes, segundo o ofício entregue ao Conselho Constitucional, três membros do MDM foram detidos quando levavam cartões de eleitor de apoiantes à candidatura de Simango, para reconhecimento na sede do distrito de Namuno. Os cidadãos detidos são Augusto Afonso Zengunde, Edi Amido e Arlindo dos Santos Mecosse. (André Mulungo)
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