Acima de uma centena de quadros da Associação dos Médicos de Moçambique (AMM) esteve na manhã de hoje envolvida numa jornada de limpeza na praia da Miramar, ao longo da orla da cidade de Maputo, enquanto perdura a greve iniciada segunda-feira a escala nacional.
Os médicos, que estão a observar uma greve em protesto contra os baixos salários, melhoria de condições de trabalho entre outras reivindicações que o governo afirma categoricamente estar e procurar resolver, dedicaram a manhã à limpeza da orla que ganhou outro aspecto.
Paulo Samo Gudo, porta-voz da AMM, disse que a actividade realizada insere-se nos diversos programas que a agremiação defende e entre eles a saúde comunitária, até porque a medicina curativa não é e nem deve ser o enfoque da saúde pública.
“Temos a medicina preventiva onde defendemos que se as pessoas não ficarem doentes haverá menos necessidade de as pessoas se dirigirem as unidades sanitárias”, disse Samo Gudo, apontando que os pouco mais de 100 médicos recolheram garrafas plásticas, de vidro e outros dejectos que estavam espalhados na praia.
Questionado sobre o apelo feito segunda-feira pelo director clínico do Hospital Central de Maputo (HCM), Domingos Diogo, aos colegas para voltarem aos seus postos de trabalho, o porta-voz disse que os médicos estão em greve.
A nível da associação, segundo o porta-voz, a adesão é estimado em pouco mais de 90 por cento e o objectivo é lutar por direitos por eles considerados justos e legítimos.
A observância da greve coloca os médicos na situação de faltosos, porque não têm estado a comparecer nos seus postos de trabalho.
Samo Gudo disse que os médicos estão em greve e obviamente não se vão dirigir aos seus locais de trabalho, todavia caberá a quem de direito interpretar, no futuro, a questão das faltas resultantes da greve por tempo indeterminado.
O país conta actualmente com pouco mais de 1.200 médicos.
Fonte: Rádio Mocambique /AIM - 08.01.2012
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