"Nós não estamos contra estrangeiros, mas estamos contra a forma como são manuseados os equipamentos militares", disse à Lusa o porta-voz da polícia em Nampula, Inácio Dina.
O porta-voz acrescentou que a corporação vai apertar o cerco contra a movimentação de todo o tipo de equipamento militar para salvaguardar os interesses do Estado.
Os dois homens foram neutralizados no dia 01 de maio, no Aeroporto de Nampula, na posse de duas baionetas, seis sinaléticas florescentes, dois cantis de água, um 'kit' de pronto socorro, um colete com três cartucheiras, igual número de pares de joelheiras, camisetas, bonés militares e coletes à prova de bala.
Identificaram-se como agentes de uma empresa de segurança marítima e estavam acompanhados por um cidadão moçambicano, que ficou igualmente retido e depois libertado, tal como os seus companheiros.
A província de Nampula, que detém em Nacala um dos maiores portos de águas profundas do mundo, tem sido agitada por incidentes envolvendo trabalhadores de empresas de segurança marítima, devido ao aumento da vigilância no Canal de Moçambique face ao agravamento da ameaça de piratas somalis.
A polícia moçambicana apreendeu no mês passado no comando da polícia em Nampula dezenas de armas pertencentes a empresas de segurança marítima e deteve vários polícias em conexão com o incidente.
No final do ano passado, quatro cidadãos norte-americanos e um britânico foram também detidos ao desembarcarem no aeroporto de Nampula na posse de armas de fogo, acabando por ser libertados após se apurar que se tratava de trabalhadores de uma empresa de segurança.
(RM/Lusa) in Rádio Mocambique - 03.05.2012
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