O ministro malawiano dos negócios estrangeiros, Ephraim Chiume, asseverou hoje, em Maputo, que o seu governo está apostado na melhoria das relações de cooperação e boa vizinhança com Moçambique.
“Para nós, Moçambique e’ um vizinho importante. Aliás, a segunda maior fronteira de Moçambique (em termos de extensão) e’ com o Malawi, sendo a primeira com o Oceano Indico”, disse Chiume, que falava no término de uma visita de cortesia ao seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi.
Por isso, disse o ministro malawiano, “Moçambique e’ um vizinho muito importante, razão pela qual queremos promover a cooperação e laços com Moçambique”.
Sobre o encontro mantido com a sua contraparte moçambicana, Chiume explicou que ambos discutiram vários assuntos que afectam os dois países.
“Abordamos assuntos relacionados com a cooperação, questões pendentes entre Malawi e Mocambique e como e’ que podemos avançar daqui em diante”, referiu, para de seguida acrescentar “a minha presidente quer ver o nosso país a avançar e também gostaria de ter uma relação muito boa com Moçambique”.
O encontro entre ambos os ministros ocorre na véspera da chegada da presidente malawiana a Maputo que, no sábado, inicia uma visita de estado de três dias a Moçambique a convite do seu homólogo, Armando Guebuza.
Refira-se que até muito recentemente, as relações entre os dois países vinham sendo marcadas por fortes crispações.
O clima de tensões nas relações entre os dois países atingiu o ponto mais alto quando agentes da polícia do Malawi invadiram o território moçambicano no distrito de Ngauma, província do Niassa, zona norte, a pretexto de vir reivindicar uma bicicleta transportando milho apreendida pela guarda-fronteira do país.
Na ocasião, as forças malawianas além de se envolver num autêntico pandemónio incendiaram o posto das forças da guarda-fronteira, gesto que espelha um flagrante atropelo a soberania de um Estado, dado que há canais diplomáticos apropriados para lidar com os assuntos deste género.
No ano passado, o então líder malawiano, Bingo wa Mutharika, foi mais longe, quando na infrutífera tentativa de pôr cobro a crise que o seu país atravessa, decidiu construir e um pequeno porto em “Nsaje”, cujo canal de acesso seria o curso das bacias hidrográficas do Chire e Zambeze.
Mutharika não imaginou que o passo por ele dado resultaria, uma vez mais, em um revés porque as autoridades moçambicanas condicionavam a concretização do seu projecto a realização, em primeiro lugar, de um estudo de impacto ambiental.
Esta cadeia de episódios tornou cada vez mais tensas as relações entre os dois países, embora nunca tivessem chegado a um ponto de ruptura.
(AIM)
SG/
(AIM)
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