Foi um dia tenso, ontem, dos passageiros da rota Anjo Voador-Praça dos Combatentes (Baixa-Xiquelene), no município de Maputo, tudo porque os transportadores semi-colectivos, vulgos “chapa 100”, decidiram paralisar a sua actividade.
Muitos passageiros, depois de uma intensa jornada laboral e com ansiedade de chegar rapidamente a casa, foram colhidos de surpresa pela greve dos “chapeiros” e superlotaram as paragens, sem saber o que fazer, visto que nenhum transporte semi-colectivo daquela rota se fazia à estrada.
A greve, que teria iniciado a meio da manhã e com o epicentro na avenida das FPLM, estendeu-se até por volta das 17h00, onde já era possível ver um e outro “chapa” a circular.
Na condição de anonimato, muitos motoristas que operam na rota Anjo Voador-Praça dos Combatentes, revelaram ao nosso jornal que a sua greve era um grito de socorro contra um velho problema que lhes opõe à Polícia Municipal. É que, segundo dizem, diariamente, quando se fazem à estrada, sofrem cobranças ilícitas, cujos valores variam de acordo com o agente.
Os motoristas, queixam-se, ainda, do facto de na sua jornada diária terem que desembolsar entre 100 e 200 meticais para a polícia, sendo que, em muitas ocasiões, os agentes não aceitam subornos iguais ou inferiores a 50 meticais.
Fonte: O País - 08.11.2011
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