Polémica em torno da casa protocolar da presidente da AR
A presidente da Assembleia da República (AR), Verónica Macamo, diz que o Estado nunca lhe deu casa para viver desde que foi eleita para o mais alto cargo da Assembleia da República, razão pela qual, faz sentido continuar a viver na sua residência particular na cidade da Matola.
“Estou na minha casa porque o Estado nunca me deu casa para habitar como presidente da Assembleia da República. No dia que me der, mudo logo de casa”, afirmou, distanciando-se das notícias segundo as quais, a sua estadia na Matola representa um custo para os cofres do Estado, em virtude de o mesmo ser obrigado a acrescentar 25% ao salário da presidente da AR.
Pelo contrário, Verónica Macamo diz que o facto de não possuir uma casa protocolar para presidente da Assembleia da República faz com que a sua casa esteja pressionada, na medida em que a mesma não foi construída para acolher personalidades deste nível. Macamo referia-se, em concreto, à pressão em termos de pessoas que lá vivem, como é o caso de seguranças e pessoal de apoio que o Estado colocou à sua disposição.
Dados disponibilizados à AIM pelo Secretariado-geral da Assembleia da República indicam que a casa onde Verónica Macamo vive foi concebida para um máximo de 10 pessoas mas, neste momento, estão lá ou passam por lá, todos os dias, mais de 30 pessoas.
Por outro lado, a AIM soube que o imóvel protocolar em que Macamo devia habitar não está em condições para tal sem que se beneficie de obras de reabilitação total ou parcial.
Acrescenta a AIM que, depois de o antigo presidente do parlamento, Eduardo Mulémbwè, ter disponibilizado a residência em Outubro de 2010, o Secretariado-Geral da AR fez, imediatamente, a recolha de cotações para a realização de obras urgentes e pontuais, na perspectiva de hospedar a presidente.
Fonte: O País - 02.09.2011
6 comentários:
No nosso pais existem coisas que mesmo sao prioridade e merecem ser noticia. Vamos ser serios.
Casa para quem tem casa, e tem os 25% nao me parece noticia. Na inglaterra PM andam na Chapa-cem.
Heyden, esta questão pode ser importante se quisermos que seja. Ora a Verónica Macamo recebe 25% do seu vencimento por não viver numa casa protocolar. Será que ela não recebe o suficiente como Presidente da Assembleia da República num país como Mocambique onde a maioria vive na pobreza absoluta, para não precisar de mais 25 desse vencimento?
A outra pergunta que eu gostaria de fazer é se Ivo Paulo Garrido que consta como um ministro que recusou mudar da sua casa para uma casa protocolar, também recebia 25% do seu salário.
Este pais e' mesmo do caracas. a casa em questao teve uma reabilitacao muito recentemente segundos e disse onde o custo parece ter sido mais alto que o valor da casa. como agora necessita de reabilitacao urgente e desde o ano passado quaseum ano nao foi possivel fazer. que raio de reabilitacao estamos falar. estqa reabilitacoes custam mais que o preco da casa. sos erve para alguns enriquecerem e comer aggrana que e' nossa. que raio de luxo se necessita?
Mas onde vivem e como vivem o povo que ela representa, la no catembe, mafala, mal e porcamente. Ela ja pensou nisso? deveria estar contente por ter ja a posicao e as mordomias que tem senao termina tal como o anterior.
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