O Conselho Municipal de Lichinga pretende restringir o uso de saias curtas naquela cidade como forma de combater a prostituição na capital provincial de Niassa, Norte de Moçambique.
Esta decisão enquadra-se num série de medidas tomadas pela edilidade para combater a prostituição, particularmente a infantil, poluição sonora e mendicidade, segundo a Rádio Moçambique (RM), a emissora pública nacional.
“Este instrumento prevê ainda medidas contra as mulheres que usarem saias curtas e a adultos que corromperem menores”, indica a reportagem, sem, no entanto, indicar a medida máxima das saias a serem autorizadas pelo Estado.
A resolução da Assembleia Municipal local estabelece uma multa no valor de 150 mil meticais (cerca de 5,3 mil dólares) a proprietários de hotéis e ou pensões que permitirem a entrada de menores nos seus estabelecimentos.
Justificando essas decisões, o edil de Lichinga, Augusto Assique, disse que estas medidas visam corrigir situações anómalas que se têm verificado naquela urbe.
“É mais para desencorajar aqueles que tem casas para exercerem uma certa actividade, mas que depois viram como prostíbulos, prejudicando as nossas crianças”, disse Assique, sublinhando que a edilidade não pretende substituir as famílias na educação das crianças, mas sim fiscalizar e multar os infractores surpreendidos a cometer essas irregularidades.
O Município da Cidade de Lichinga também tomou medidas duras contra a poluição sonora e a “promoção” da mendicidade na urbe.
Com efeito, a edilidade vai aplicar uma multa de cem mil meticais àqueles que fomentarem a poluição sonora. Por outro lado, os agentes económicos que forem surpreendidos a oferecer algo a pessoas desfavorecidas poderão incorrer a uma multa de 200 mil meticais.
Em muitas cidades moçambicanas, proprietários de lojas têm oferecido bens alimentares ou mesmo valores monetários a indivíduos desfavorecidos, particularmente idosos, nas entradas dos seus estabelecimentos comercias, acto que é interpretado como estando a promover a mendicidade.
Fonte: (RM/AIM) - 13.07.2011
10 comentários:
Não coisas mais sérias a resolver não?
oS DIRIGENTES DAS AUTARQUIAS MOÇAMBICANAS LIDERADOS PELA FRELIMO, decidiram e muito bem acabar com a pobreza, ELIMINANDO A EXISTÊNCIA DE POBRES E PEDINTES NAS CIDADES, isto é, MULTANDO OS DOADORES.
Muito bem.Comentários para quê, se o exemplo não basta e nem substitui a DESORDEM ADMINISTRATIVA imposta ao povo moçambicano desde 1975, pela Frelimo.
Fungulamasso
Não há coisas para resolver? Talvez não haja, mas este tipo de decisão leva-me a questionar o perfil dos presidentes dos conselhos municipais e os seus elencos.
Ao ler isto, pensei mesmo das decisões de 1974-1975 em Mocambique e mesmo das decisões do Presidente Wamuyaya (que vitalício ele não foi), Hatings Kamuzu Banda - Lichinga fica perto do Malawi.
Nota: não ignoro que para algumas medidas a intencão é boa, mas tudo mostra que não houve estudo, debate e consultas.
E jovens que andarem com rabo de fora a mostrarem os bikinis quais serao as suas medidas?
Acompanhem a série do Dr. Carlos Serra sobre o assunto:
http://oficinadesociologia.blogspot.com/2011/07/proibicao-das-saias-curtas-em-lichinga.html
Heyden,
Hehehehe. O problema da sociedade é a sexualidade da mulher que deve ser controlada. Tudo é em torno da mulher e as suas peças.
Alo senhor Reflectindo:
quando li este artigo aqui ontem vi que continha uma foto (ingónita)porgue é que retirou? Houve alguém que reclamou sobre? Nao porque preciso mas o artigo está incompleto como vinha dantes
Marvin
Marvin,
Não retirei a foto, mas suspeito que o problema seja da página da Rádio Mocambique, local onde a retirei que não se acede neste momento.
essa é boa! É para rir? Intristece-me saber que temos este tipo de gente a liderar os municipios. Que relaxao entre mini saia e protituição? Mas quem vota nesses ignorantes ?
essa é boa! É para rir? Intristece-me saber que temos este tipo de gente a liderar os municipios. Que relaxao entre mini saia e protituição? Mas quem vota nesses ignorantes ?
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