Maputo - O líder da RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, assegurou que realizará manifestações pacíficas à escala nacional para "retirar a FRELIMO do poder e criar um governo de transição em Moçambique que durará, no máximo, três anos".
O líder da RENAMO iniciou uma digressão por províncias do centro e norte do país, após um período de inactividade que coincidiu com a sua mudança de residência de Maputo para Nampula.
Na terça-feira, Afonso Dhlakama manteve um encontro com ex-combatentes no distrito de Montepuez, em Cabo Delgado, província do norte, onde assegurou que vai realizar manifestações.
"Essa manifestação não é para se recuar, é para retirar a FRELIMO do poder e criarmos um governo de transição que irá durar no máximo três anos, organizar bem as estruturas do Estado para que Moçambique passe a pertencer aos moçambicanos", disse o líder da RENAMO, sem apontar datas.
Afonso Dhlakama referiu que o objectivo do seu partido é fazer com que "Moçambique deixe de pertencer à FRELIMO" e passe "a pertencer ao povo moçambicano".
"O que nós da RENAMO queremos não é maltratar a FRELIMO, nem expulsar a FRELIMO, mas é dizer que o país deve já deixar de pertencer à FRELIMO e passar a pertencer ao povo de Moçambique", afirmou.
Em 2000, mais de 300 pessoas morreram nas manifestações realizadas pelo maior partido da oposição moçambicana, em Montepuez, que, para Afonso Dhlakama, "deve continuar a ser base da RENAMO".
No seu discurso aos militantes, Afonso Dhlakama referiu que, caso a polícia intervenha nas manifestações, a RENAMO vai ripostar com violência.
"Aquele polícia que disparar vai perder a vida, juro pela alma da minha mãe", garantiu.
"Os polícias não devem intervir. Isso não pode acontecer, porque (o que intervir) ficará sem arma", até porque "eu tenho melhores armas que a FRELIMO. Até mísseis para atacar aviões tenho", concluiu.
Fonte: Angolapress - 20.07.2011
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