Quando abandonou o poder de uma forma voluntária, Joaquim Chissano prometeu dar atenção à família, promessa que não se verificou. O vencedor do prémio Mo-Ibrahim de 2007 - o montante ascende a 5 milhões de dólares e a mais 200 mil USD anualmente - depois de abandonar a presidência não concorreu para qualquer mandato, como muitos chefes de Estado do continente fizeram. “Tentei reduzir as minhas actividades no exterior, mas não estou a conseguir”, afirmou Chissano há algum tempo. “A crise malgaxe, da qual sou mediador, ocupa-me de tal maneira que recentemente fui obrigado a faltar a cinco compromissos de agenda que tinha no meu país.” Activo no terreno diplomático, Chissano tem-se empenhado igualmente em matérias de desenvolvimento, sendo, desde 2005, Conselheiro da Conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento. A fundação Joaquim Chissano, cujo objectivo é a promoção da paz e do desenvolvimento económico e cultural de Moçambique, tem sido também uma grande fonte de ocupação e uma das formas de o ex-presidente se recentrar no seu país. Mas o seu maior desejo é desenvolver agricolamente as terras e o gado que possui em Gaza, a sua província de origem.
Fonte: @ VERDADE - 26.02.2010
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