Em Moçambique, sobem de tom as críticas ao Presidente
Filipe Nyusi por ter retomado as "dispendiosas" presidências abertas
do passado, num país que ainda recorre à ajuda externa para financiar o seu
orçamento.
Nyusi assumiu a chefia do Estado
moçambicano há cerca de quatro meses e já visitou igual número de províncias,
nomeadamente Gaza, Maputo, Inhambane e Sofala, onde esteve durante a campanha
para as eleições de Outubro do ano passado.
Os críticos dizem que o tempo que
separa a campanha eleitoral destas presidências abertas é muito curto e não
acreditam que Filipe Nyusi levou uma nova mensagem às populações, pelo que
estas iniciativas servem apenas para gastar dinheiro.
Um dos críticos, o analista político
Fernando Lima, diz-se perplexo com estas iniciativas, que não são um bom sinal
da parte do novo Presidente e da nova presidência.
Lima destacou que os moçambicanos
esperam novas ideias do novo Presidente da República, uma maneira diferente de
governar porque foram estas as expectativas criadas aquando do discurso de
posse, em Janeiro.
As últimas presidências abertas
aconteceram há menos de um ano.
Fernando Lima interroga-se se haverá
novas coisas e novos projectos para serem discutidos com as populações,
assinalando não ter "visto nenhum debate que justifique os gastos que
estão a ser feitos nas presidências abertas".
"O Presidente Nyusi sabe quais são
as grandes preocupações dos moçambicanos e ele não precisava de ir ás
províncias, pelo menos nesta altura, porque nao vai fazer nada", disse,
por seu turno, o analista Laurindos Macuácua.
Fonte: Voz
da América – 02.06.2015
Sem comentários:
Enviar um comentário