Governo sul-africano deverá explicar, num período de uma semana, ao Supremo Tribunal de Pretória, as circunstâncias que rodearam a partida do Presidente do Sudão do país, numa altura em que havia uma ordem judicial impedindo a sua saída.
O Tribunal emitiu na manhã desta segunda -feira uma ordem impedindo Omar Al-Bashir de deixar a África do sul onde se encontrava desde sábado a participar na vigésima-quinta Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos países membros da União Africana.
Omar Al-Bashir deixou a África do sul a meio da tarde de segunda-feira, pouco antes do encerramento da Cimeira da União Africana.
O governo sul-africano admitiu, entretanto, que irá investigar as circunstâncias que rodearam a partida de Omar Al-Bashir. O Executivo aceitou por outro lado, cumprir a ordem judicial relativa a apresentação de uma declaração descrevendo essas circunstâncias.
O Presidente sudanês, com um mandado de captura emitido em 2009, é procurado pelo Tribunal Penal Internacional sob acusação de genocídio e crimes de guerra na região de Darfur Ocidental.
Entretanto, o Presidente da União Africana, o Chefe do Estado do Zimbabwe, Robert Mugabe, disse a propósito que aquele Tribunal não era desejado no continente africano.
“África não é a sede do Tribunal Penal Internacional”- disse Mugabe
Por seu turno a Presidente da Comissão da União africana, Nkosazana Duma, disse não haver qualquer problema que impeça Omar Al-Bashir de participar nas cimeiras da organização de que é membro de pleno direito.
Esta quarta-feira, entretanto, o Vice-presidente da África do sul, Cyril Ramanphosa, será confrontado com perguntas da oposição sobre a não detenção do presidente sudanês. Ramanphosa vai ao Conselho Nacional das províncias para uma sessão de perguntas e respostas.
O Vice-presidente da África do sul foi, nomeado, há três anos, enviado especial do país para o Sudão.(RM/ Pretória)
Fonte: Rádio Moçambique – 17.06.2015
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