Escrito por Adina Suahele
Um ano depois da entradaem vigor do decreto que regula a produção, comercialização e consumo de bebidas alcoólicasem Moçambique, prevalecem irregularidades na cidade de Nampula.
Entre outros aspectos, o decreto refere a proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos de idade a pessoas com sinais de perturbação mental, com sinais de embriaguez, nas bombas de abastecimento de combustível e respectivas lojas de conveniência, escolas e nas imediações dos estabelecimentos de ensino.
A aprovação do decreto foi no intuito de reduzir o impacto social negativo do consumo do álcool. Na altura, a medida foi recebida com satisfação e muitos acreditavam que os adolescentes e jovens não iriam mais trocar as carteiras escolares pelos bares.
Mas na cidade de Nampula a situação continua a mesma: Bares nas proximidades das escolas e nos demais locais proibidos. Tudo acontece perante o olhar impávido das autoridades.
Faque Paciano, da Associação de Jovens com Visão para o Civismo dos Mercados em Nampula, diz que o fraco aproveitamento escolar dos alunos, casos de violência interpessoal e perda de alguns valores morais por parte da juventude estão associados ao consumo do álcool.
Paciano sabe que há famílias que sobrevivem na base da venda do álcool, mas reitera que é preciso preservar a vida e saúde das pessoas, em particular os jovens. O porta-voz do comando provincial da polícia, Sérgio Mourinho, recorda que grande parte dos acidentes de viação está relacionada com o consumo do álcool.
Mas não é só o álcool, diz Mourinho. Regista-se o consumo de drogas como a cannabis sativa, vulgo soruma, tida como um grande mal na sociedade.
Fonte: Voz da América – 18.06.2015
Sem comentários:
Enviar um comentário