Maputo, 05 Set (AIM) – A delegação do Malawi que representaria o país nos X Jogos Africanos que estão a decorrer em Maputo foi convidada a deixar sexta-feira a Vila Olímpica pela organização, em consequência da falta de pagamento de 40 dólares americanos diários referentes a sua hospedagem. A delegação daquele país da África Austral deixou o país na última terça-feira, em dois grupos, tendo uma parte viajado via terrestre e a outra de avião. O Malawi deveria participar em três modalidades, nomeadamente atletismo, natação e taekwondo.
As informações postas a circular pelo Jornal malawiano “Nyasa Times”, referem que os organizadores disseram aos malawianos que não estavam “convidados” aos Jogos Africanos, facto que não constitui, nem tão pouco a verdade.
Senão vejamos, o Comité Organizador dos Jogos Africanos (COJA) realizou, antes do arranque do certame, vários encontros com os chefes de missão onde foram devidamente discutidas e articuladas todas as questões de relevo em volta dos jogos.
Segundo informações avançadas à AIM por fontes da subcomissão de informação, é completamente absurdo que num universo de 37 países que estão a participar nos jogos e a observar com rigor o espírito e a letra das normas estabelecidas, apenas um país apareça a dizer que não teve conhecimento, apesar de ter participado nos encontros onde tais assuntos foram discutidos.
Mais ainda, esta não deve ser a primeira vez que aquele país entra em alta competição e está muito bem familiarizado com as normas que regem o processo de inscrição e, como se isso não bastasse, o Malawi não tem as suas quotas em dia a nível da Zona VI.
O Jornal Nyasa Times acrescenta que o problema do Malawi reside, na verdade, na crónica falta de divisas, porquanto os atletas que vieram a Maputo tiveram de o fazer por conta e risco próprio.
A subcomissão de informação refuta igualmente as informações segundo as quais a delegação do Malawi esteve a passar as noites no interior do autocarro afectado, porque todos aqueles que pagaram para ocupar a Vila Olímpica receberam o espaço solicitado.
Aliás, todas as delegações que tinham pessoas em Maputo antes da abertura da Vila Olímpica trataram de hospedar os seus membros em hotéis, esperando pelo momento em que passariam para a vila dos jogos.
Os X Jogos Africanos iniciaram formalmente no sábado, após a briosa cerimónia de abertura oficial, que foi oficiada pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, entre outras personalidades proeminentes ligadas ao desporto em África.
Nos jogos, que vão até ao dia 18 do mês em curso, um universo de 6.500 atletas vão disputar a melhor fasquia possível em medalhas e marcas, nas 21 modalidades estabelecidas.
(AIM)
LE/SG
Fonte: AIM - 05.09.2011
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8 comentários:
Uma pena.
Zicomo
Era uma vez um país...
Malawi e um irmao nosso, porque nao perdoar um irmao? Tenho um colega amississimo Malawiano na Australia, cahamdo Goodwill. Sorry Mr. Goodwill.
Penso a questão é de regras definidas e penso que Malawi fez parte na definicão das regras.
No Malawi deve haver algum ministério que se encarregue do desporto e esse é o responsável deste problema.
Não descarto que fosse melhor tomar uma outra posicão para evitar outros problemas que originem da omissão da verdade do governo malawiano para imputar as falhas ao comité organizador dos jogos africanos, causando assim problemas entre povos. Prudência é sempre a melhor coisa.
"Não descarto que fosse melhor tomar uma outra posicão para evitar outros problemas"
Caro Reflectindo, podia por favor compartilhar outras posições que podiam ser tomadas num caso como esse?
A delegação malawiana tem um responsável? Oque esse responsável diz? Oque o ministério dos desportos do Malawi diz?
Caro Nelson,
Veja esta explicacão dum dos órgãos de informacão do Malawi: "As informações postas a circular pelo Jornal malawiano “Nyasa Times”, referem que os organizadores disseram aos malawianos que não estavam “convidados” aos Jogos Africanos,.."
Tenho em mim que este de informacão mais soou e soa no Malawi do que as verdadeiras causas da expulsão dos atletas malawianas da Vila Olímpica. Este tipo de informacão pode ter a sua consequências no relacionamento entre cidadãos pacatos mocambicanos e malawianos nem que não seja de forma aberta. Portanto, uma das medidas alternativas podiam ter sido de contacto com o governo Malawiano através da sua embaixada no Maputo para daí decidirem-se os passos a seguir. Acho que há que considerar que os atletas são simples cidadãos vítimas.
E mais ou menos neste espirito que esuestava a pensar. Os representantes do governo do Malawi estao a procurar de motivos para denegrir o governo mocambicano por causa do tal rio do zambeze que eles querem navegar. Mas neste caso, podemos rispostar com ferocidade mas tambem podemos mostrar a eles que estao errados sobre o que pensam de nos. Apenas deixava eles cometerem uma grande divida e no fim cobramos com intervencao de fiscais africanos. Ai poderiamos aproveitar mostrar que governo do Malawi nao tem respeito connosco. Sorry Brother Goodwill.
Podia ficar na conta da Madonna.
Quem procedeu mal, foram os do Comité Organizador.
A culpa é do Comité, que não têm respeito por pessoas pobres e mal-vestidas.
Já se esqueceram que Moçambique também passou -e continua a passar a maioria- com falta de roupa.
Não podiam participar , porque não tinham roupas adequadas, nem dinheiro para pagarem a estadia- essa é a razão.
Questão técnica, que não deveria ser resolvido pelo desprezo ao pobre cidadão malawiano.
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