O governo zimbabweano acusa as embaixadas da França e dos Estados Unidos de apoiarem os manifestantes e a greve geral que, na semana passada, paralisou toda a actividade comercial, incluindo os transportes públicos.
A greve foi a última de uma série de protestos em repúdio contra a crescente deterioração das condições de vida no país.
O ministro zimbabweano do Interior, Ignatius Chombo, disse que temos informações dos nossos serviços secretos que apontam o envolvimento de embaixadas de países ocidentais em todos esses distúrbios.
A evidência que conseguimos obter mostram que a Embaixada da França, em Harare, e outras são parte desta conspiração e de maquinações para forçar uma mudança de regime, acrescentou Chombo.
O jornal estatal zimbabweano Sunday Mail revelou que o embaixador norte-americano, Harry Thomas, reuniu-se em Maio último com um dos organizadores da greve geral da semana passada, Evan Mawarire.
O Sunday Mail escreve que acredita-se que o embaixador francês, Laurent Delahousse, também reuniu-se várias vezes com Mawarire.
Delahousse negou qualquer encontro com Mawarire e classificou de ridículas as alegacões sobre o seu envolvimento nas manifestações da semana passada.
Não estou no Zimbabwe para causar problemas, mas sim para apoiar o povo zimbabweano. Estas acusações ridículas ultrapassaram o risco, declarou o diplomata francês, acrescentando que as autoridades zimbabweanas deveriam trabalhar para o bem do povo e investigar a violência policial.
As manifestações, convocadas por organizações da sociedade civil tiveram uma grande adesão em todo o país e os organizadores prometem convocar outras greves nas próximas semanas.
Entretanto, o ministro da informação, Christopher Mushowe, advertiu, no domingo, que as autoridades estavam a rastrear todos aqueles que estão a abusar as redes sociais para criar instabilidade no país.
O governo alertou que todo aquele que partilhar material abusivo será detido.
Fonte: AIM – 11,07.2016
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