Moçambique acaba de confirmar a ocorrência de diamantes no distrito de Massangena, na província de Gaza, sul do país.
Naquela região decorrem trabalhos de pesquisa, envolvendo empresas nacionais e estrangeiras.
A edição de hoje do jornal Notícias, editado em Maputo, a capital moçambicana, cita o director nacional de Minas, Elias Daude, a afirmar que Moçambique está a trabalhar para formalizar a sua adesão ao processo Kimberley, que permite a exportação formal deste minério.
O que devo dizer é que Moçambique é um país rico em quase todo o tipo de recursos minerais, incluindo diamantes mas, infelizmente, ainda não tivemos a sorte de fazer um estudo profundo e iniciar a sua exploração. Há, no entanto, empresas que estão a fazer pesquisas em Massangena e dessa acção resultou na descoberta de diamantes, referiu o director.
Contudo, ele não revelou as quantidades de diamantes até aqui descobertas.
O director nacional de Minas escusou-se ainda a revelar o número de empresas envolvidas na pesquisa de diamantes em Moçambique.
No entanto, dados referentes ao ano de 2011 apontam para a atribuição, na altura, em todo o país, de até 40 licenças distribuídas por 27 titulares de direito mineiro, dos quais 21 eram empresas e seis singulares.
As províncias do Niassa, Tete, Manica, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo são apontadas como sendo as que acolhem os trabalhos de pesquisa e prospecção de diamantes.
Acredita-se que todo o vale do Save seja propenso à ocorrência de diamantes. Mesmo assim, Elias Daúde refere que hoje em dia, quase todas as empresas envolvidas nas pesquisas estão concentradas na zona de Gaza.
A fonte realçou a importância da adesão ao processo Kimberley, considerando que sem este procedimento concluído, ainda que o país tenha grandes quantidades de diamantes, estes não poderão ser vendidos.
Por essa razão existem técnicos do Ministério dos Recursos Minerais e Energia que estão à frente disto e estão a trabalhar no sentido de ver o processo legalizado de modo a permitir que a exportação do diamante ocorra de forma legal, afirmou.
Fonte: AIM – 11.07.2016
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