Em causa a retomada a cooperação com o Fundo.
A agência de notação financeira avisa que as condições apontadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para retomar a ajuda financeira a Moçambique são negativas para a análise do crédito soberano porque implicam que os restantes doadores internacionais aguardem pela satisfação dessas condições.
“A retoma dos desembolsos dos doadores para além do FMI, como o Banco Mundial, o Reino Unido e os Estados Unidos, está ligada à resolução satisfatória dos problemas de transparência da dívida pública", alerta a agência Moody's.
Ainda de acordo com uma nota daquela agência, a ajuda externa é uma importante fonte de moeda externa para o Governo de Moçambique, cujo montante da ajuda equivale a 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
A missão do FMI que esteve recentemente em Maputo recomendou ao Governo moçambicano a introdução de medidas de correção macroeconómicas e de transparência, de modo a melhorar a governança e garantir a responsabilização".
Recorde-se que Moçambique tem uma avaliação de rating abaixo do nível de recomendação de compra, em Caa1 e em revisão para uma provável degradação.
A situação do país complicou-se depois de o Governo ter revelado em Abril que tinha contraído dívidas secretas no valor de 1,4 mil milhões de dólares.
Em reacção, o FMI, o Banco Mundial, o Reino Unido e o G14, grupo de parceiros que financiam o Orçamento do Estado suspenderam a ajuda a Moçambique, enquanto os Estados Unidos afirmaram estar a reavaliar a cooperação com Maputo.
Fonte: Voz da América – 06.07.2016
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