terça-feira, novembro 12, 2013

Nove membros do MDM detidos por ilícitos eleitorais no centro de Moçambique

Pelo menos nove membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política, estão detidos em Manica, no centro do país, por "ilícitos eleitorais" durante a campanha, disse hoje à Lusa fonte policial.

Vasco Matusse, porta-voz do comando da Polícia em Manica, disse que oito pessoas foram detidas em Chimoio, a capital, e uma outra no distrito de Manica, flagrados a destruir cartazes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) naqueles municípios, nas últimas 72 horas.

"Tivemos o registo de nove pessoas detidas, envolvidas em ilícitos eleitorais, todos por danificação de material de campanha de outrem. Foram lavrados os processos, e estão a seguir os trâmites legais na Procuradoria", disse à Lusa Vasco Matusse, que assegura que a presença policial nas ruas está a "amainar ânimos dos simpatizantes dos partidos".

Nas cinco autarquias de Manica, disse, ainda não foram registadas "escaramuças", na sequência do "trabalho rotineiro da Polícia na manutenção da ordem", sobretudo em locais com "aglomerados" em campanha eleitoral.

Esta é a segunda semana da campanha eleitoral, que encerra no domingo, para as eleições autárquicas de 20 de novembro, em que concorrem nos municípios de Manica, a Frelimo, MDM e PIMO (Partido Independente de Moçambique), este último apenas que concorre a assembleia municipal de Gondola.

Nas ruas de Chimoio é notável a ausência significativa de panfletos da Frelimo e do MDM, que coloriam a cidade na abertura da campanha. "Grupos de Choque" dos partidos pernoitam nas ruas para proteger o seu material e evitar danificação.

"Ao invés de limitarmos a reprimir os atos (ilícitos) apelamos aos partidos políticos para pautar por um comportamento de civismo. A campanha eleitoral deve ser encarada como momento de festa e não de rixas", concluiu Vasco Matusse.

Frelimo e MDM são os principais candidatos às autarquias da província de Manica. A Renamo, principal partido da oposição, não participa nestas eleições, por discordar da composição dos órgãos eleitorais, que associa à "crescente partidarização do Estado pela Frelimo", partido no poder.
Fonte: LUSA - 12.11.2013

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