A Comissão Nacional dos Direitos Humanos de Moçambique (CNDH) disse hoje que sete pessoas morreram em consequência da violência relacionada com as eleições municipais do dia 20, acusando a polícia de uso excessivo da força durante a votação.
"Os representantes da lei e ordem, ao tentarem conter os ânimos dos eleitores, chegaram a usar excessivamente da força, o que resultou em pelo menos 7 mortos, centenas de feridos e dezenas de detidos", afirma a CNDH, organismo, constituído por representantes do Governo, partidos políticos e sociedade civil, em comunicado sobre a missão de observação eleitoral que levou a cabo em vários municípios.
Enfatizando que o seu trabalho durante a votação visava observar a existência de condições de exercício do direito de voto para os deficientes, a CNDH refere que a forte presença policial nas assembleias de voto manchou o processo eleitoral.
"A forte presença policial, o uso de gás lacrimogénio e disparos de balas de borracha, associados a discursos violentos das autoridades policiais, mostraram-se demasiadamente presentes em municípios onde era visível a presença massiva de membros e simpatizantes da oposição, o que, de certa forma, contribuiu negativamente para o exercício livre do direito ao voto", defende a entidade.
Congratulando-se com a disponibilidade de acessibilidades para os deficientes, nomeadamente rampas, a CNDH deplora, contudo, a falta de preparação dos membros das assembleias de voto para lidar com aquele grupo social, principalmente ao nível da comunicação com pessoas com deficiência auditiva e visual.
Fonte: LUSA : 28.11.2013
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