quinta-feira, novembro 28, 2013

Crise de água em Nampula vai prevalecer por mais de sete anos

Os habitantes da cidade de Nampula vão continuar a sofrer de crise de água por um período superior a sete anos mesmo que chova abundantemente, devido a elevadas quantidades de lama e areia na barragem de captação que garante o fornecimento do precioso líquido àquela urbe, de acordo com o director da Área Operacional do FIPAG em Nampula, Castigo Cossa.

Em consequência dessa crise, as horas de abastecimento da água baixarão de 10 para seis e o fornecimento será feito em regime de escala entre os bairros, com o agravante de que algumas zonas residenciais poderão não ter água canalizada até 2021.


Esta informação desconfortável para os citadinos da capital da região Norte de Moçambique foi tornada pública na apresentação de um estudo realizado na albufeira do rio Monapo, onde é captada a água que abastece a urbe.

Segundo Castigo Cossa, não existem fundos para criação de uma nova fonte de captação que possa auxiliar a do rio Monapo. Apenas a abertura de furos de água nos bairros é que pode ser a solução neste momento.

Jorge Ferrão, reitor da Universidade Lúrio (UNILÚRIO), disse que a abertura de furos de água nas zonas críticas é a melhor alternativa, mas deve-se ter em conta que as fábricas que produzem bebidas também deviam diminuir a quantidade de produção, pois a cada dia que passa, o precioso líquido escasseia-se, mas eles continuam a trabalhar normalmente.

Segundo Jorge Ferrão, existem condições para serem criadas represas no bairro de Marrere, uma vez que estudos feitos naquela zona indicam a existência de um lençol freático que possa minimizar o sofrimento da população.

Fonte: @Verdade - 28.11.2013

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