NAMPULA — Ao contrário dos processos anteriores, a província de Nampula registou uma das melhores campanhas nestas eleições, caracterizada pelo civismo generalizado por parte dos candidatos e partidos concorrentes.
Alguns analistas políticos e membros da sociedade civil associaram a passividade do processo ao facto de o maior partido político da oposição em Moçambique, a Renamo, não ter tomado parte do processo, exigindo paridade na CNE e a revisão da lei eleitoral que segundo, esta formação politica, contínua fraudulento. De referir que Nampula é uma das maiores bases da Renamo.
Com um total de 7 autarquias, a oposição aparece na frente da corrida, a acreditar nas eleições anteriores e no que se assistiu durante a campanha leitoral.
No Município de Angoche, o candidato pela Associação de Educação Moral na Exploração dos Recursos Naturas, Ossufo Racha é tido como favorito, mas o candidato da Frelimo e actual edil, Américo Adamugy, apresenta-se igualmente forte.
Em Ribáuè, a campanha de Luis Constantino do MDM parece ter motivado maior adesão, porque enquanto o candidato da Frelimo surgia sempre acompanhado de crianças, o MDM apresentava jovens e adultos que estão em idade de votar.
Na Ilha de Moçambique, o MDM também está na frente. Aliás, a campanha eleitoral parece ter servido apenas para o empresário Abdul Satar provar a sua popularidade junto do potencial eleitor.
Em Nacala, a situação parece mais equilibrada. Tanto o MDM como a Frelimo apresentaram candidatos bem conhecidos e, assim como nas eleições anteriores, aventa-se a possibilidade de uma segunda volta, para se conhecer o vencedor.
Na cidade de Nampula, Mahumo Amorane, do MDM vai à frente. O candidato da Frelimo, Adolfo Absalão Siueia, terá ficado manchado devido a mensagens trocadas antes da campanha a desencorajar a sua escolha na próxima quarta-feira. As referidas mensagem apelavam para que ninguém votasse no Absalão, porque como gestor faliu varias companhias, deixando muitos desempregados.
Por sua vez, nos municípios de Monapo e Malema, a Frelimo aparece na frente, segundo muitos analistas em Nampula.
Analistas contactos pela VOA nesta segunda-feira temem que a passividade que caracterizou a campanha eleitoral venha a ser manchada durante a votação, em virtude da aparente vantagem dos candidatos da oposição.
Fonte: Voz da América - 18.11.2013
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