Na segunda-feira, a comissão provincial de eleições de Sofala declarou que
o candidato da Frelimo a presidente do município de Marromeu, Palmerim Rubino,
ganhou as eleições com 4.518 votos (51,6%), enquanto o seu único oponente, João
Agostinho do MDM, teve 4.235 votos (48,4%). A diferença é pequena, 283 votos.
No entanto, houve um número muito elevado de nulos: 1.119 votos, o
equivalente a 10,9% do total dos votos. Isto levanta questões sobre se os votos
foram intencionalmente invalidados, o que ocorre normalmente adicionando uma
segunda marca nos boletins de voto para o candidato da oposição.
Em Marromeu, na eleição anterior, em 2008, havia 4,9% de votos nulos para
presidente, em comparação com 10,9% desta vez. Votos amais de 6% do total de
votos, equivale a mais de 500 votos. Se estes votos nulos são realmente
boletins para o candidato do MDM a presidente do município, que foram
indevidamente invalidados pelos membros das assembleias de voto, seriam
suficientes para dar a vitória ao candidato do MDM, João Agostinho.
Este tipo de análise não é prova de fraude. No entanto, votos nulos acima
de 5% em áreas urbanas levantam suspeitas. Isto parece altamente suspeito. Será
que os membros das assembleias de voto roubaram a eleição?
Fonte: Boletim sobre o processo
político em Moçambique Número EA 55 – 26 de Novembro de 2013
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