sexta-feira, novembro 08, 2013

Igreja Católica moçambicana pede "acções visíveis" ao PR para fim de instabilidade militar

Os bispos católicos moçambicanos exortaram quinta-feira o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, a mostrar "acções visíveis" para um encontro com o líder da Renamo, principal partido da oposição, visando o fim da instabilidade militar.
Moçambique vive sob a ameaça de uma nova guerra civil, devido a confrontos entre o exército e homens armados da Renamo (Resistência Nacional de Moçambicana), no centro do país, por causa do diferendo entre o principal partido da oposição e o governo em torno da legislação eleitoral.
Em conferência de imprensa sobre a tensão política e militar no país, a Conferência Episcopal de Moçambique (CEM), que congrega bispos católicos moçambicanos, exortou o chefe de Estado moçambicano a mostrar "sinais visíveis" destinados a propiciar um encontro com Afonso Dhlakama, para a resolução da confrontação.
"É preciso que o chefe de Estado demonstre comprometimento com a causa do povo moçambicano, através de acções visíveis, que vão levar à realização do encontro", afirmou o porta-voz da CEM, João Carlos Nunes.
Segundo João Carlos Nunes, é necessário que o Presidente moçambicano crise condições de segurança para que Afonso Dhlakama possa aceitar uma reunião entre os dois líderes.
"Como é que pode haver diálogo numa situação em que se sabe que o convidado não está seguro?" - questionou o porta-voz da CEM sobre um convite formulado pela Presidência moçambicana para o líder da oposição deslocar-se a Maputo para um encontro com Armando Guebuza.
Afonso Dhlakama está em paradeiro incerto, desde que o acampamento onde vivia há mais de um ano na Serra da Gorongosa, centro do país, foi tomado pelo exército moçambicano durante uma ofensiva.
Apelando ao governo e à Renamo para cessarem as hostilidades, o porta-voz da CEM manifestou a disponibilidade da Igreja Católica para ajudar na resolução da crise, tal como o fez durante o processo que levou à assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, pondo fim a 16 anos de guerra civil.

Fonte: LUSA - 08.11.2013 

1 comentário:

Anónimo disse...

se este e` o presidente deste pais e quer seguranca neste pais, porque mandou a familia para fora do pais