Por Edwin Hounnou
O Conselho Constitucional, CC, aprovou as candidaturas de Armando Guebuza, da Frelimo, Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, e de Afonso Dhlakama, da Renamo, às eleições presidenciais de 28 de Outubro. De forma surpreendente, foram rejeitadas as candidaturas de Yaqub Sibindy, do PIMO, e de Raul Domingos, do PDD. As outras – de Kalid Sidat, da ALIMO, Leonardo Cumbe, do PUMILD, José Viana, da UDM, e de Artur Meque, da UD, por inelegibilidade decorrente de insuficiência de proponentes. Aos demais, foi feita a justiça. Houve falsificação de documentos. Isso é um crime nos termos da lei. Os candidatos que fizeram tais falcatruas deveriam ser notificados pela Procuradoria Geral da República e não pelo CC para suprir irregularidades.
Guebuza teve 20 mil proponentes processados, dos quais foram validados 14.898 e invalidados 5.102 (25.51%). Simango entregou 16.730proponentes processados, validados 12.383 e invalidados (25.98%). Dhlakama apresentou 19.890 proponentes processados, validados 10.246 e invalidados 9644 (48.63%). Idades dos partidos – Frelimo (47 anos), Renamo (32 anos) e MDM (4 meses). Conclui-se que o MDM é um fenómeno a ter em conta. Com tão pouco idade já ombreia com velhos partidos que emergiram das cinzas da guerra.
O País vai assistir a uma corrida animada à Ponta Vermelha. A Frelimo habituada a jogar com a Renamo não laboriosa, agora, nem tudo será pêra doce. Em 1994, Dhakama competindo com Joaquim Chissano, estava decidido que o poder, fosse quem fosse o vencedor, ficaria com Chissano e Frelimo - imposição da diplomacia internacional. Em 1999, a Renamo e seu candidato bateram a Frelimo e Chissano, mas, só, Dhlakama pode explicar sobre as razões que pesaram para se tornarem molezas.
Dhlakama não fiscaliza o suficiente os processos eleitorais em que participa, confiando, apenas, na reclamação que não consegue provar porque, sempre, tem um défice enorme de delegados de candidaturas. Os seus apoiantes andam desanimados por confiarem em alguém que não sabe tirar proveito dos seus esforços. Dizer que nunca perdeu uma eleição, é sinal de que não sabe jogar com sabedoria. Remeter recursos desprovidos de provas e fora do prazo, é um insulto aos seus apoiantes. Aqui reside a razão das constantes deserções que se verificam.
A presença, na pista, de Simango é um estímulo aos jovens eleitores que haviam deixado de ver qualquer interesse nos pleitos eleitorais. Começam a apontar uma luz no fundo do túnel e acreditam que é possível introduzir mudanças no sistema de governação do País. As eleições autárquicas de 19 de Novembro de 2008, na Beira, servem de fonte de inspiração para jovens e funcionários. Em democracia, as mudanças dependem do voto dos eleitores.
Os funcionários, que, de modo geral, votam para garantir seu emprego, prometem escolher em consciência, pelo bem de seus filhos. Dizem não hesitar em trocar o menu de peixe com legumes por outro mais saboroso. Por isso, a festa vai animar.
AtribunaFax (18.08.2009)
O Conselho Constitucional, CC, aprovou as candidaturas de Armando Guebuza, da Frelimo, Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, e de Afonso Dhlakama, da Renamo, às eleições presidenciais de 28 de Outubro. De forma surpreendente, foram rejeitadas as candidaturas de Yaqub Sibindy, do PIMO, e de Raul Domingos, do PDD. As outras – de Kalid Sidat, da ALIMO, Leonardo Cumbe, do PUMILD, José Viana, da UDM, e de Artur Meque, da UD, por inelegibilidade decorrente de insuficiência de proponentes. Aos demais, foi feita a justiça. Houve falsificação de documentos. Isso é um crime nos termos da lei. Os candidatos que fizeram tais falcatruas deveriam ser notificados pela Procuradoria Geral da República e não pelo CC para suprir irregularidades.
Guebuza teve 20 mil proponentes processados, dos quais foram validados 14.898 e invalidados 5.102 (25.51%). Simango entregou 16.730proponentes processados, validados 12.383 e invalidados (25.98%). Dhlakama apresentou 19.890 proponentes processados, validados 10.246 e invalidados 9644 (48.63%). Idades dos partidos – Frelimo (47 anos), Renamo (32 anos) e MDM (4 meses). Conclui-se que o MDM é um fenómeno a ter em conta. Com tão pouco idade já ombreia com velhos partidos que emergiram das cinzas da guerra.
O País vai assistir a uma corrida animada à Ponta Vermelha. A Frelimo habituada a jogar com a Renamo não laboriosa, agora, nem tudo será pêra doce. Em 1994, Dhakama competindo com Joaquim Chissano, estava decidido que o poder, fosse quem fosse o vencedor, ficaria com Chissano e Frelimo - imposição da diplomacia internacional. Em 1999, a Renamo e seu candidato bateram a Frelimo e Chissano, mas, só, Dhlakama pode explicar sobre as razões que pesaram para se tornarem molezas.
Dhlakama não fiscaliza o suficiente os processos eleitorais em que participa, confiando, apenas, na reclamação que não consegue provar porque, sempre, tem um défice enorme de delegados de candidaturas. Os seus apoiantes andam desanimados por confiarem em alguém que não sabe tirar proveito dos seus esforços. Dizer que nunca perdeu uma eleição, é sinal de que não sabe jogar com sabedoria. Remeter recursos desprovidos de provas e fora do prazo, é um insulto aos seus apoiantes. Aqui reside a razão das constantes deserções que se verificam.
A presença, na pista, de Simango é um estímulo aos jovens eleitores que haviam deixado de ver qualquer interesse nos pleitos eleitorais. Começam a apontar uma luz no fundo do túnel e acreditam que é possível introduzir mudanças no sistema de governação do País. As eleições autárquicas de 19 de Novembro de 2008, na Beira, servem de fonte de inspiração para jovens e funcionários. Em democracia, as mudanças dependem do voto dos eleitores.
Os funcionários, que, de modo geral, votam para garantir seu emprego, prometem escolher em consciência, pelo bem de seus filhos. Dizem não hesitar em trocar o menu de peixe com legumes por outro mais saboroso. Por isso, a festa vai animar.
AtribunaFax (18.08.2009)
Sem comentários:
Enviar um comentário