Contra-argumentando a matriz político-partidária de construção ideológica de quem é herói nacional, o bantulândia escolhe e consagra Conceição Osório para uma das heroínas em direitos humanos da mulher moçambicana contemporânea. Seus feitos, socialmente reconhecidos e reflexões públicas e privadas sobre a essência de dignidade da mulher, concorreram para que este blogojornalismo a pedisse, em entrevista, para debater sobre a sua incansável, porém compensatória, luta pelos direitos da pessoa feminina, no contexto moçambicano. Este canal convida o (a) leitor(a) a saborear a racionalidade de Conceição Osório, cuja fineza académico-intelectual e activismo cívico são recomendáveis. Isso, contudo, não quer dizer que ela não sofra posicionamentos contrários, em virtude de algum tipo de conservadorismo religioso-ancestral e tradicional local, em alguns pontos sobre direitos da mulher. Josué Bila é condutor da entrevista.
Bantulândia - Um pouco antes de ‘90 circulava e se usava a expressão “emancipação da mulher” e um pouco depois de ’90 ouvimos falar de “direitos das mulheres”.
- Em termos práticos, qual é a diferença destes dois conceitos?
CO - A noção de emancipação tem a ver com a libertação das mulheres e foi muito utilizada logo a seguir à conquista da independência nacional, em 1975, num contexto em que se lutava por um novo modelo político e social para o país. Na realidade, para nós, feministas, a questão central tem a ver com os direitos humanos das mulheres, o acesso e exercício desses direitos, que vão desde a ocupação do espaço público à liberdade de decisão sobre a sexualidade e a reprodução.
Então, nós preferimos “libertar-nos” da abstração e das generalizações para onde somos empurradas quando usamos o conceito de emancipação, substituindo-o pelo de direitos, que clarifica a necessidade de alterar as relações de poder, que caracterizam as relações sociais de género.
Para continuar ler clique: Bantulândia
Bantulândia - Um pouco antes de ‘90 circulava e se usava a expressão “emancipação da mulher” e um pouco depois de ’90 ouvimos falar de “direitos das mulheres”.
- Em termos práticos, qual é a diferença destes dois conceitos?
CO - A noção de emancipação tem a ver com a libertação das mulheres e foi muito utilizada logo a seguir à conquista da independência nacional, em 1975, num contexto em que se lutava por um novo modelo político e social para o país. Na realidade, para nós, feministas, a questão central tem a ver com os direitos humanos das mulheres, o acesso e exercício desses direitos, que vão desde a ocupação do espaço público à liberdade de decisão sobre a sexualidade e a reprodução.
Então, nós preferimos “libertar-nos” da abstração e das generalizações para onde somos empurradas quando usamos o conceito de emancipação, substituindo-o pelo de direitos, que clarifica a necessidade de alterar as relações de poder, que caracterizam as relações sociais de género.
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2 comentários:
Muito interessante a peça da Conceiçao Osório.
é preciso que a própia mulher lute e conquiste o seu lugar dentro dos partidos politicos, nem que seja pedra a pedra.
Continuaremos com este debate wilsa.
Claro que é a mulher quem deve conquistar o seu lugar dentro dos partidos políticos, pois o risco é que os homens condicionem esse espaço. O caso das mulheres é como do jovens.
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